segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Santa Maria Manuela regressou hoje ao mar

Após 18 meses num estaleiro da nossa Ria, o lugre navega até estaleiros espanhóis, para continuar a ser recuperado. Em 2010, estará apto a navegar
O lugre Santa Maria Manuela regressou esta tarde ao mar, saindo da Barra do Porto de Aveiro em direcção à Galiza (Espanha). Após 18 meses de trabalhos de limpeza e reparação, o antigo lugre bacalhoeiro será, agora, rebocado até a um estaleiro de Marín, especializado na reparação e construção de grandes veleiros como este. O lugre regressará, posteriormente, a Aveiro para a fase de acabamentos, estimando-se que fique pronto a navegar dentro de um ano.
Atento à saída do lugre estava o Capitão Vitorino Ramalheira último comandante do Santa Maria Manuela enquanto lugre(1966-1969).

".....O Santa Maria Manuela é um marco vivo das campanhas do bacalhau, um navio-modelo, tal como o Creoula ou o Argus", sublinha Vitorino Ramalheira, que guarda na memória as aventuras e desventuras vividas a bordo daquele navio, especialmente em 1966, naquela que foi a última viagem do bacalhoeiro enquanto lugre. "Pescámos bem. Talvez uns 12.500 quintais" [750 toneladas], recorda o antigo capitão, ao mesmo tempo que evoca os episódios menos positivos dessa mesma viagem: uma avaria no motor, já no regresso a Portugal, e uma outra avaria na câmara frigorífica, que o obrigou a passar todo o isco que levava a bordo para um outro navio. Esta segunda-feira, apesar de regressar ao mar com a ajuda de um rebocador, o Santa Maria Manuela já se apresentará aos olhos de todos com o casco pintado com o branco original e equipado com os quatro mastros...."
Fonte:Público

O Ponto de Encontro deseja Feliz Ano Novo de 2009


Poesia de Fim de Ano...

Mais um ano se inicia

e, em nome dos Trovadores,

eu peço ao filho de Maria

para amenizar as dores.

Que agora neste Ano Novo

acabe a fome do povo

que não comeu no Natal;

peço ao Pai Omnipotente

que mande para essa gente

mais justiça social.

AM

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ponto de Encontro..Faz hoje 1 ano


Faz hoje exactamente 1 ano, que nasceu este meu cantinho de encontro entre Portugal, Galiza, Chile, Suécia, o Mar e as suas gentes, Ilhavo , Aveiro,Ponteareas e a Arte.
Não tenho muito tempo para lhe dedicar, mas o que faço faço com muito prazer.
Ele pariu e cresceu graças às visitas e comentários da minha família, amigos e visitantes que viraram amigos.
A todos os meus blogues preferidos:Almagrande; Homes de Pedra en barcos de Pau;Singradura da Relinga;Caxinas; Una Mirada a la ria de Vigo;Pela Positiva; Viajante;Rouxinol de Bernardim; Digo eu com os Nervos;MAMA; Volare;Atlântico Azul; Milhas Náuticas; Mar e Intimidades; Júlia do Ti Tamén Contas;Ventosga.........e tantos e tantos..o meu obrigada por alimentarem este canto...ao todo foram mais de 10.000 as visitas e comentários num ano de vida
Obrigada.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O ISCIA e a Marinha Portuguesa juntos na formação académica


A Marinha Portuguesa juntou-se ontem à rede de parceiros do ISCIA no desenvolvimento do Departamento de Tecnologias do Mar
A bordo da corveta da Armada portuguesa “General Pereira d’Eça”, acostada nos novos cais do Porto de Aveiro, foi ontem assinado, entre a Marinha Portuguesa e o Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), um protocolo, na área da formação superior e da formação especializada relacionada com as tecnologias do mar, da segurança e da política de autoridade marítima e da gestão portuária. No acto de assinatura, o Contra-Almirante Luís Fragoso, Comandante da Escola Naval, lembrou que “a Marinha quer servir o país e, assim, compete-lhe apoiar e desenvolver todo o conhecimento relacionado com a actividade do mar”. Luís Fragoso felicitou o ISCIA pela iniciativa, pois “entendemos que é importante, para um país que se quer virado para o mar, habilitar pessoas com conhecimentos sólidos nessa área”. O Contra-Almirante realçou a cooperação entre instituições para dinamizar o conhecimento. Armando Teixeira Carneiro, director do ISCIA, na sessão a que assistiram vários oficiais generais dos diferentes ramos das Forças Armadas, capitães de Porto de Aveiro e Figueira da Foz – importantes parceiros deste projecto estratégico –, esclareceu que “através deste protocolo será desenvolvido o DETMAR - Departamento de Tecnologias do Mar do ISCIA que tem vindo a realizar cursos de pós-graduação na área da logística e da gestão portuária”. Em breve, anunciou, conta “oferecer um alargado conjunto de cursos de curta duração, na forma de “blended learning” e na forma puramente distal, para responder a necessidades formativas específicas, não só no território português como na alargada zona da CPLP e, também, para apoio a necessidades formativas de forças portuguesas projectadas em acções de segurança e de paz”. Este protocolo entre a Marinha e o ISCIA é “um claro e positivo exemplo do estabelecimento de redes de conhecimento e a prova da relevância da participação de um ramo das Forças Armadas em projectos estratégicos de desenvolvimento do país num entendimento alargado e moderno do conceito de defesa nacional”. A interface portuária portuguesa nas redes multimodais de transporte e nos sistemas logísticos internacionais é cada vez mais um factor estratégico de diferenciação que precisa de se optimizar através da formação contínua de todos os profissionais envolvidos. Por isso é que, no estabelecimento desta rede de conhecimento, avivou Armando Teixeira Carneiro, “estão também outras entidades envolvidas como a Universidade Fernando Pessoa e a Luís Simões SA”. Espera-se que ainda no primeiro trimestre de 2009 possa funcionar um mestrado em Gestão Portuária e, no próximo ano lectivo, uma licenciatura na área de Tecnologias do Mar, que será submetida à aprovação do MCTES dentro de breves dias. O ISCIA irá também participar num projecto de natureza politécnica liderado pela Administração do Porto de Aveiro e que se denominará de CIEM - Centro de Excelência Marítima, com data já marcada de constituição para meados de Janeiro de 2009. Este reforço da formação superior de cariz politécnico na região de Aveiro vem apoiar a estratégia de desenvolvimento do eixo logístico dirigido à Europa a partir de Aveiro e da Figueira da Foz, pela via Viseu-Guarda-Salamanca-Valladolid, “em franca e saudável concorrência com os outros eixos estratégicos que se desenvolvem a Norte, com base nos portos de Leixões e de Vigo, e a Sul, com base nos portos de Lisboa, Setúbal e Sines”.
Luís Ventura

Museu de Aveiro reabre hoje após 900 dias de reabilitação

Foto:Túmulo da Princesa Santa Joana
Foto: Edifício do Museu de Aveiro

A história do edifício onde hoje se encontra instalado o Museu de Aveiro, confunde-se com a história da instituição que lhe deu origem e que albergou, até 1874, o Convento de Jesus de Aveiro.As origens do Convento de Jesus de Aveiro remontam ao ano de 1458. Em 1472 dá entrada no Convento a Princesa D. Joana, filha de D. Afonso V e irmã de D. João II, que aí permanece até à sua morte, em 12 de Maio de 1490. Esta presença é de grande importância não só para o prestígio e engrandecimento do Convento de Jesus.Preserva da primitiva configuração a planta da área da igreja, claustro, coro de baixo, o coro de cima, a sala do capítulo, o refeitório e cozinhas; onde são visíveis os arcos/portais dos séculos XV e XVI. Nos sequentes ritmos construtivos nasce o claustro renascentista e a galilé de entrada para a Igreja (maneirista).A segunda metade do Séc. XVII marca um período de renovação artística e de crescimento, que se prolongará por todo o Séc. XVIII. Em 1693 a Princesa D. Joana é beatificada, por Bula de Inocêncio XII. A comunidade religiosa festeja este acontecimento com fervor materializado na «euforia» decorativa e de actualização estética que torna o edifício num marco fundamental para o estudo e entendimento do Barroco em Portugal. Por mecenato de D. Pedro II, é renovado o coro de baixo, com a encomenda ao arquitecto régio João Antunes de um novo túmulo para a Beata Joana, em embrechados de mármores coloridos; a igreja, com o cunho da originalidade portuguesa, é forrada de talha dourada, pintura e azulejo, dedicando-se a capela-mor à memória da Princesa; a esta se ergue uma capela no espaço em que faleceu, a Sala de Lavor; faz-se a actualização estética do coro de cima com o espaldar do cadeiral decorado com chinoiserie. Em 1751, é erguido um pano de fachada, que lhe confere unidade e uma aparência palaciana.Com a proclamação da República em 1910, o edifício é encerrado e os bens arrolados judicialmente.Em 1911 é decretada a instalação do então Museu Regional de Aveiro no Convento de Jesus.
Circuito de visita actualO momento presente é marcado pelas obras de ampliação e de requalificação do Museu a decorrer desde 2006 até 2008, sendo que, contíguo à fachada Norte se encontra montado o estaleiro do novo corpo do edifício que vai conter a nova sala de exposições temporárias, o auditório, a futura cafetaria e os serviços técnicos e administrativos.Enquanto decorre esta obra de projecto do Arqtº Alcino Soutinho, (Porto), o Museu de Aveiro mantém aberto ao público um circuito de visita restrito constituído pela Igreja e pela Sala do Túmulo da Princesa Santa Joana, com entrada pela Sacristia da Igreja. Completa este circuito de visita a Igreja das Carmelitas, sita à Pçª Marquês de Pombal, que no presente se encontra à guarda do Museu.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal do Blogue "Homes de Pedra en Barcos de Pau"


"....Quen me dera un árbore como ese para poñer no meu barco!

Cantariamos o carón del,

panxoliñas mariñeirasque falarían do mar,

da escuma e do vento,

pra que se poña contento o meniño de Belén.

E si el o tivese a ben...

Que cante con nós tamén.!!!



Apertas salgadas...."

domingo, 14 de dezembro de 2008

Abriu a época oficial de Natal ..no Ponto de Encontro


Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.

Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.


MIguel Torga

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Afinal também houve II Grande Guerra em Aveiro

Aterrou em S.Jacinto na II Guerra Mundial
Tommy com 87 anos em S. Jacinto

Tommy em 1941

Aos 19 anos, o sargento aviador John "Tommy" Thompson levantou voo de Portreath (Inglaterra) juntamente com outros dois tripulantes. O seu avião, um Blenheim, tinha como destino Malta mas faria escala em Gibraltar, para reabastecer. Estávamos a 27 de Agosto de 1941, em plena II Guerra Mundial e os ingleses lutavam no Cairo contra os alemães do África Corps e as forças francesas de Vichy. A viagem começou bem e acabou bem mas pelo meio ficou um susto que inscreveu a Freguesia de S. Jacinto no mapa da Grande Guerra.
Tommy nunca tinha testado o avião, utilizado no ataque a navios. Mal levantou voo notou problemas. Perto do Porto, a cerca de 12 mil pés de altitude, o aviador apercebe-se que não era possível bombear o combustível dos depósitos suplentes para os principais por falta de pressão na bomba e que o avião não conseguiria chegar ao destino. "Aterrem em Portugal", foi a decisão do superior, abandonada que foi a hipótese do Sul de Espanha pela perspectiva de encarceramento no campo de concentração de Miranda.
"Não tinha quaisquer mapas e havia que colocar o avião em terra enquanto ainda tínhamos fuel suficiente para fazer alguma coisa", recorda. A apenas dois quilómetros a Norte de S. Jacinto não avistaram praia mas uma pequena faixa de areia...
A tripulação sobreviveu à aterragem forçada mas incendiou o aparelho para destruir equipamento de identificação. "Vimo-lo arder, ficou completamente destruído. Foi um bom fogo de artifício...".
Um barco português levou-os para a base de S. Jacinto, onde passaram a noite. "De manhã fui num voo com um dos pilotos, até foi divertido. Acho que era o dia da marinha e tivemos uma festa excelente. Bebemos Vinho do Porto e comemos biscoitos. Foi uma festa muito boa", diz o aviador, hoje com 87 anos.
Depois chegaram uns polícias à base e transportaram-nos para as Caldas da Raínha, onde permaneceram duas semanas até receberem ordens para deixarem o país sem darem "demasiado nas vistas". Acabaram por ser ‘recolhidos’ por oficiais de S. Jacinto que os trouxeram de volta a Aveiro e os encaminharam para um navio da marinha britânica, rumo a Gibraltar.
Tommy acabou por ter sorte. Viveu e livrou-se das baixas assinaláveis que os esquadrões de Blenheims sofreram em Malta, e que ignorava.
Livro posteriza acontecimentos
O aviador "nunca mais" se esqueceu do episódio e os 27’s de Agosto continuam a surpreendê-lo com acontecimentos inesperados: "Fico sempre na expectativa em relação ao que vai acontecer a 27 de Agosto", brinca. Passados mais de 60 anos, o Mundo continua em guerra. Tommy olha para ela como um "terrível desperdício de vida".
Numa manhã do passado mês de Novembro, o aviador voltou a S. Jacinto pela ‘mão’ de Carlos Guerreiro, um jornalista que editou um livro em que conta a história de inúmeros casos como o deste inglês.
"O objectivo é divulgar algumas estórias que fazem parte da nossa História e que infelizmente ninguém contava. É estranho porque sempre se disse que Portugal esteve muito longe da II Guerra Mundial, que não aconteceu aqui nada e afinal aos poucos vai se percebendo que aconteceu aqui muita coisa. Queria que pessoas como o Tommy ainda vissem alguma coisa do esforço que fizeram", remata.

Fonte: O Aveiro

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manoel de Oliveira...Faz hoje 100 anos...E continua a fazer filmes


".....Às vezes acusam-me de maledicente. Mas gosto de dizer bem quando há motivos para tal. Também não cultivo o excesso, pois ainda me chamariam lambe-botas....."
Vem isto a propósito da recusa do cineasta em receber as chaves da cidade do Porto , honraria proposta pela edilidade portuense. Mostrou ser vertical. Não pactua com o oportunismo. Farto de levar pontapés, reagiu com dignidade...



Dar-lhe as chaves da cidade
Quis a câmara tripeira
Recusou com dignidade
Tal manobra lisonjeira.
Há quem dê chaves demais
Mantendo as portas fechadas
São hipócritas sinais
De mentes enfatuadas...
«Sem amos»... há já cem anos,
No cinema nacional
O decano dos decanos
Continua vertical!
Genuflexões ao poder
Não faz, nem nunca fará,
Botas nunca há-de lamber
A quem pontapés lhe dá!..."

Poema do blogue amigo :Rouxinol de Bernardim

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Dia Internacional dos Direitos Humanos-10 de Dezembro

Foto: palavras para quê?

Por outro lado ...Imagina um Mundo assim:

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...You may say I'm a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one

John Lennon...1971





domingo, 7 de dezembro de 2008

...E o Ponto de Encontro continua de luto..John Lennon

John Winston Ono Lennon, batizado como John Winston Lennon, MBE, (Liverpool, 9 de Outubro de 1940Nova Iorque, 8 de Dezembro de 1980) foi um ícone do século XX, músico, cantor, compositor, escritor e ativista em favor da paz britânica.
John Lennon ganhou notoriedade mundial como um dos integrantes do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com Paul McCartney o que seria uma das mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. Em 1968, John Lennon apaixonou-se pela artista plástica Yoko Ono e depois disto ela se tornou a pessoa mais importante na vida e carreira do músico inglês. Em 1970, os Beatles chegaram ao fim e a partir de então John dedicou-se a carreira solo.
Afastado da música desde 1975, por se dedicar mais a família desde o nascimento de seu filho com Yoko Ono, Sean Lennon, John voltou aos estúdios em 1980 para gravar um novo álbum. Era como um recomeço. Porém em 8 de dezembro do mesmo ano, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.
Dentre as composições de destaque de John Lennon estão Help!", "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love" enquanto fazia parte dos Beatles e "Imagine", "Happy Xmas /(War is Over)" , "Woman" , "(Just Like) Starting Over"e "Watching the Wheals" em carreira solo.
Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Snu Abecassis..a minha Homenagem


Somos uma sociedade tão elevada!Vem isto a propósito de Sá Carneiro e da sua ligação a Snu Abcassis. Pois cá da memória, ainda vou lembrando assim assim. A principio a sociedade portuguesa fazia Oós discretos com as bocas espantadas. O chefe do primeiro partido do país, o sobrolho carregado da Igreja, as manifestações de respeito pela família desgraçadamente separada, por uma relação fora da bênção.É verdade que o PC, nunca fez um comentário, é verdade que o PS qual abutre sem vergonha, logo que pôde, abocanhou. Mas não foi só o PS. Foi a sociedade de uma forma geral, que comentava à boca pequena e olhava de soslaio, era a Igreja que pesarosa protegia a família, eram os bons costumes, eram as famílias nobres do Porto, porque afinal nós somos um povo de respeito.É claro que houve bocas a favor. A Natália Correia, por exemplo! Mas essa era uma intelectual excêntrica, que até fazia poemas às putas lá da rua dela.A Sociedade explicita e implicitamente condenou, sim senhor! Então não se lembram do funeral em cinema scope do Sá Carneiro, com 10 horas ou mais de transmissão televisiva?O esquife do falecido estava na nave central dos Jerónimos, rodeado de todas as plantas da Estufa Fria, com toda a nação em homenagem sentida. Numa capela anónima, o caixão da Snu, praticamente sozinho. A Nação é piedosa mas não pode ignorar o pecado.A televisão explorou bem o contraste. De um lado a majestosa cerimónia da Pátria que se curva à memória de um dos seus maiores. Do outro lado, e porque na vida dos grandes homens também pode haver abismos, a frieza da sala nua com o caixão triste, envergonhado e só, condenado ao isolamento eterno. Agora que o tempo passou, todos se apressam a tirar o cavalinho da chuva. Todos temos uma grande admiração por aquele amor!Os artigos das revistas, as reportagens das televisões, trazem agora a imagem de Snu, mulher superior. Distintíssima, inteligente e culta, sempre ao lado do seu homem. Um primeiro ministro sempre superior a assumir aquela relação em todas as circunstâncias. E hoje todos os portugueses estão orgulhosos de tanta nobreza. Que homem! Que mulher! Que relação exemplar!Que cínicos da porra!

Texto maravilhoso do blogue Altoseixo

4 de Dezembro de 1980...A maior vergonha da Democracia Portuguesa


O povo diz que é velhice...a Ciência explica que uma das últimas capacidades que se perde é a memória a longo prazo...Talvez por isso tudo..eu às vezes não me lembro o que comi ontem...mas lembro-me onde estava no dia 4 de Dezembro de 1980..

Curiosidade também era uma quinta feira.

E perguntam...Como sabes?....é que nesse ano lectivo por engano de concurso meu, fui parar a Vila de Rei distrito de Castelo Branco e estava de regresso a Aveiro , quando na rádio ouvi a notícia que me deixou arrasada.

A minha pequena homenagem a um grande Homem...Franciso de Sá Carneiro..

(Passam hoje 28 anos sobre os acontecimentos de Camarate com o avião onde se deslocava o então primeiro-ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa e acompanhantes.
A partir do momento em que alguém confessou a autoria material do atentado já ninguém pode mais alegar que foi um acidente como muitos quiseram fazer querer ao longo destes anos, nomeadamente o vice-primeiro ministro de então, Diogo Freitas do Amaral.
Este processo todo fica como uma nódoa indelével da democracia e justiças portuguesas. As investigações feitas foram incompletas, o poder político, com uma Assembleia da República com comissões de inquérito que andaram mais de 25 anos a oscilar entre as teses do atentado e do acidente foi ineficiente e o poder judicial não deu a este assunto a importância que merecia.)
Portugal não merecia isso, tu não merecias isso, a Snu não merecia isso , os teus filhos não mereciam isso.
Mas como tu dizias...as Democracias também têm as suas porras

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Greve Histórica dos Professores...



Os sindicatos do sector da Educação falam de uma adesão à greve desta quarta-feira dos docentes a rondar os 100%, com centenas de escolas encerradas e muitas outras a funcionarem apenas com auxiliares.De acordo com Manuela Mendonça do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), na região Norte estima-se uma «percentagem média de adesão sempre superior a 94%, devendo aproximar-se mesmo dos 100%».Já na região Centro, de uma amostra de 201 estabelecimentos de ensino, 87 não abriram os portões e 40 estão a funcionar, mas sem a presença de professores.O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) informou que só 15 escolas ou agrupamentos registam uma adesão inferior a 90%.Por seu turno, no que diz respeito à região de Lisboa, Anabela Delgado do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) afirmou que a adesão média à greve foi mais reduzida, ficando-se pelos 85%, estando encerradas mais de 200 escolas, refere a Lusa.No Algarve deverá ser, pelo contrário, das regiões com maior participação no protesto, com uma adesão a rondar os 98% e praticamente todas as escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo encerradas, indica o Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS).
Fotos:kaos e castelos no ar

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A solidariedade do Distrito de Aveiro-Banco Alimentar recolhe 119 toneladas de alimentos



".....Cento e dezanove toneladas de alimentos foram recolhidas em Aveiro pelos mais de 1.800 voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome
Aveiro recolheu um pouco mais de 119 toneladas de bens alimentares no passado fim-de-semana, durante o qual decorreu a habitual campanha de Natal do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF). O distrito teve, assim, a sua “campanha mais proveitosa de sempre”, à semelhança nos números finais do país. Martinho Pereira, presidente do BACF - Aveiro, está satisfeito, mas não surpreendido. “É nestas alturas de crise que as pessoas se unem e se lembram mais dos outros”, explica, repetindo aquilo que ouvia aos doadores. “Estamos mal, mas felizmente ainda podemos ajudar”, diziam uns. “Não somos ricos, mas ainda não estamos a passar fome”, diziam outros. O trabalho dos mais de 1.800 voluntários foi dado por concluído no domingo, às duas horas da madrugada, depois de tudo recolhido, dividido, pesado e acondicionado. Contavam-se mais de 119 mil quilos de alimentos, para satisfação dos participantes. Martinho Pereira destaca a grande participação dos jovens – escolas e escuteiros – nesta campanha. “Temos feitos palestras sobre voluntariado nas escolas, e agora começamos a ver o fruto dessas acções”, apontou, lembrando que com os filhos acabam por vir os pais e restante família. Aveiro foi o concelho que mais se destacou na recolha, graças ao elevado número de superfícies comerciais aderentes. Também Santa Maria da Feira e Espinho “fizeram muito boas campanhas”, referiu o presidente do BACF - Aveiro. E Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, com “apenas uma superfície de média dimensão, fizeram uma recolha fantástica”, avaliou. A campanha do passado fim-de-semana contou com a colaboração de cerca de 20 mil voluntários em todo o país, o que representa, segundo Isabel Jonet, a maior acção de voluntariado em Portugal. Como em Aveiro, também no resto do país foram batidos recordes, com a recolha de 1.905 toneladas de alimentos. O BACF apoiou este ano quase 200 instituições do distrito de Aveiro, o que se traduz em mais de 30 mil pessoas. ....."