quarta-feira, 26 de março de 2008

A todas as avós do Mundo

Descobri este vídeo no Blogue do Marinheiro "Homes de Pedra em Barcos de Pau"..senti-me tocada por ele desde a primeira vez que o ouvi...ali está a minha avó galega..que deu origem como todas as avós de emigrantes..a netos e netas ..portuguesas..galegas..e chilenas..

Misteriosa e polémica imagem Mariana


Andava eu pelas minhas deambulações históricas, quando chegada a uma povoação do centro de Portugal, me deparei com uma igreja no interior de um castelo em ruínas..entrei..nada de anormal ..de repente olho para o altar lateral nem acreditei no que vi...a imagem principal do altar era a de uma Virgem...Grávida...e muito..com a mão pousada plácidamente sobre a sua barriga ....era a imagem da Nossa Senhora da Expectação ou Senhora do Ó...do séc. XIV..ahhhhhhh..mas não chegando só esse espanto..as figuras que a ladeavam eram de tez..escura...Vim mais tarde a saber que os anjos eram assim pois representavam a população caracteristica dessa época ..os Moçárabes...e esta hein..???

domingo, 23 de março de 2008

Viva a marinheira de Montemor o Velho


jc..este post é para si..uma forma mesmo de desacreditar o Bolha a menina que vai ao leme é mesmo de montemor e mais..parece que parente do dito cujo ehehehhehehh..a outra euzinha..e com ondas pelo menos uns centímetros maiores que as do Mar da Palha ehehehhehehe

sábado, 22 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dia Mundial da Poesia- Parte IV


Romaxe de Nosa Señora da Barca¡

Ay ruada, ruada, ruada
da Virxen pequena
e a súa barca!
A Virxen era pequena
e a súa coroa de prata.
Marelos os catro bois
que no seu carro a levaban.
Pombas de vidro traguían
a choiva pol-a montana.
Mortos e mortos de néboa
pol-as congostroas chegaban.
¡Virxen, deixa a túa cariña
nos doces ollos das vacas
e leva sobr'o teu manto
as foles da amortallada!
Pol-a testa de Galicia
xa ven salaiando a i-alba.
A Virxen mira pra o mar
dend'a porta da súa casa.
¡Ay ruada, ruada, ruada
da Virxen pequena
e a súa barca!
Lorca

Dia Mundial da Poesia- Parte III


Monsieur le président
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Je viens de recevoir
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Monsieur le président
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
C'est pas pour vous fâcher
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter
Depuis que je suis né
J'ai vu mourir mon père
J'ai vu partir mes frères
Et pleurer mes enfants
Ma mère a tant souffert
Elle est dedans sa tombe
Et se moque des bombes
Et se moque des vers
Quand j'étais prisonnier
On m'a volé ma femme
On m'a volé mon âme
Et tout mon cher passé
Demain de bon matin
Je fermerai ma porte
Au nez des années mortes
J'irai sur les chemins
Je mendierai ma vie
Sur les routes de France
De Bretagne en Provence
Et je dirai aux gens:
« Refusez d'obéir
Refusez de la faire
N'allez pas à la guerre
Refusez de partir »
S'il faut donner son sang
Allez donner le vôtre
Vous êtes bon apôtre
Monsieur le président
Si vous me poursuivez
Prévenez vos gendarmes
Que je n'aurai pas d'armes
Et qu'ils pourront tirer
Boris Vian

Dia Mundial da Poesia- Parte II


A un Capitán de Navío

Sobre tu nave – un plinto verde de algas marinas,
De moluscos, de conchas, de esmeralda estelar,
Capitán de los vientos y de las golondrinas,
Fuiste condecorado por un golpe de mar.

Por tí los litorales de frentes serpentinas
Desenrollan, al paso de tu arado, un cantar:
- Marinero, hombre libre que los mares declinas,
Dinos los radiogramas de tu estrella Polar.
Buen marinero, hijo de los llantos del norte,
Limón del mediodía, bandera de la corte
Espumosa del agua, cazador de sirenas;

Todos los litorales amarrados del mundo
Pedimos que nos lleves en el surco profundo
De tu nave, a la mar, rotas nuestras cadenas.

(Marinero en Tierra)
Rafael Alberti

Dia Mundial da Poesia- Parte I


Hoje é um dia importante..por muitas coisas mas também por isso..então daqui para todos a minha homenagem à POESIA

A invenção do amor

Em todas as esquinas da cidade
nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas
janelas dos autocarros
mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de apa-
relhos de rádio e detergentes
na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
no átrio da estação de caminhos de ferro que foi o lar da
nossa esperança de fuga
um cartaz denuncia o nosso amor

Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com carácter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia
quotidiana

Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e
fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado

Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo

Um homem uma mulher um cartaz de denúncia
colado em todas as esquinas da cidade
A rádio já falou A TV anuncia
iminente a captura A polícia de costumes avisada
procura os dois amantes nos becos e avenidas
Onde houver uma flor rubra e essencial
é possível que se escondam tremendo a cada batida na porta
fechada para o mundo
É preciso encontrá-los antes que seja tarde
Antes que o exemplo frutifique antes
que a invenção do amor se processe em cadeia........
Autor: anda por aí...

terça-feira, 4 de março de 2008

Visita ao Museu Marítimo de Ílhavo..Fundamental



O Museu Marítimo de Ílhavo conta com quatro exposições permanentes, todas elas de temática marítima, todas elas singulares e dotadas de colecções ricas que são parte do património do Museu. No piso inferior residem as exposições mais identitárias: a Sala da Faina/Capitão Francisco Marques, dedicada ao tema da pesca do bacalhau à linha com dóris, e a Sala da Ria, dedicada às fainas agro-marítimas da Ria de Aveiro. No piso superior do edifício habita as terceira e quarta exposições de carácter permanente – a Sala dos Mares, relativa à memória da expansão oceânica dos portugueses e dos ílhavos e ao papel de abertura e experimentação que nela desempenharam as pescarias longínquas do bacalhau e a Sala das Conchas.
Sala da Faina Maior/Cap. Francisco MarquesTrata-se da exposição mais emblemática do Museu, evocativa da “Faina Maior”, dos homens e “navios de linha” que andaram ao bacalhau. Lugar da memória da pesca do bacalhau por navios de artes de anzol (veleiros puros ou providos de motor), a sala da “faina” exprime um duplo sentido: evocação e homenagem. Em Agosto de 2002, esta exposição permanente foi rebaptizada em homenagem ao Capitão Francisco Marques, último capitão do “Creoula” e Director do Museu entre Outubro de 1999 e Junho de 2001. O discurso expositivo combina o realismo típico dos modos de expor tradicionais com uma certa estilização e com o uso de recursos audiovisuais. O ambiente é ostensivamente lúgubre (a sala é pouco iluminada), mítico e envolvente.A exposição organiza-se em três espaços distintos, como se fosse um grande tríptico: ao centro, exibe-se um belo iate da pesca do bacalhau, construído em madeira por artesãos de construção naval ao longo do ano de 2001. Trata-se de uma representação de um navio típico da década de vinte do século XX. Modelo em tamanho real, a meia água ou cortado pelo limite inferior do convés, permite ao visitante ir a bordo e tocar todos os elementos materiais que eram parte da grande faina, das amarras às vergas, da gauita à pilha dos dóris, a embarcação frágil e esguia que constituía a chave do modo singular como os portugueses fizeram durante séculos a pesca do bacalhau – a pesca com dóris de um só homem. Saindo do convés, pode o visitante observar o que falta no navio percorrendo com minúcia a ala esquerda da sala onde encontrará os principais espaços que ficavam sob o convés, com destaque para a câmara dos oficiais e o porão de salga. A ala direita da sala consiste numa narrativa de viagem desde o apresto e largada do navio e prosseguindo com a viagem e a faina dos dóris até ao regresso. Ilustrada com textos e fotografias de Alan Villiers.
Fonte...Museu Marítimo de Ilhavo

Exposição sobre Barcos Tradicionais Portugueses em Ilhavo



BARCOS TRADICIONAIS PORTUGUESES - navegações, instantes e devoções
Está patente no Museu Marítimo de Ílhavo desde o dia 12 de Janeiro a exposição “Barcos Tradicionais Portugueses - navegações, instantes e devoções”, um belo conjunto de fotografias de Manuel Gardete. O acesso é livre. Patente até 13 de Abril.

Manuel Justo Gardete nasceu em Bissau, República da Guiné-Bissau em 1954. Médico e residente em Setúbal. Viajante e desde sempre amante da natureza e das riquezas do património, a fotografia foi a forma de registo, expressão e memória naturalmente escolhidas. As viagens, o mar e o património natural e construído têm sido, fonte de inspiração e pesquisa. Neste âmbito, participou em algumas exposições, que destaca: “I Bienal de Fotografia da Moita”- Moita -1992 “Comunidades Piscatórias de Setúbal”- Museu Marítimo de Macau - 1995 “Sétimo Salão de Fotografia do Mar”- exposição itinerante organizada pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas - 1996 “A Luz de Setúbal”- exposição colectiva com os pintores José Cascada e Luciano Costa no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal – 2003 “Do Sado ao Tejo – Embarcações Tradicionais” - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal – 2003 “Palhaços – a colecção de Augusto da Graça Couto. Imagens de Pedro Soares e Manuel Gardete” – exposição colectiva na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal – 2004 “Olhar(es) Sobre a Índia” – livraria e editora Som da Tinta em Ourém – 2004 “Do Sado ao Tejo – Embarcações Tradicionais” – Centro Náutico Moitense na Moita – 2005 “Do Sado ao Tejo – Embarcações Tradicionais” – Biblioteca Municipal da Póvoa do Varzim – 2005 “Embarcações Tradicionais do Sado. Um património com futuro” – exposição colectiva de fotografia e pintura no âmbito das Comemorações do Dia Internacional dos Museus - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal – 2006