sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ponto de Encontro no Museu Marítimo de Ilhavo com Octávio Lixa Filgueiras




28 de Novembro de 2009, Sábado, 18h00

Apresentação do Plano de Actividades para 2010 e da nova orgânica-funcional do Museu Marítimo de Ílhavo, pelo Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo Eng. Ribau Esteves

Apresentação do livro de actas do Colóquio "Octávio Lixa Filgueiras: Arquitecto de Culturas Marítimas", uma edição Âncora Editora, com o apoio do Município de Ílhavo/Museu Marítimo de Ílhavo e Mútua dos Pescadores.



Inauguração da exposição "Viagens na colecção de instrumentos náuticos do MMI: O OITANTE"

Ponto de Encontro relembra Guerra Junqueiro


Hoje ao ler o blogue do meu amigo Rouxinol..e depois de ouvir e ler durante os últimos tempos o estado actual da Nação lembrei-me de um bocadinho do texto do Guerra tirado do seu livro Pátria

«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (…)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (…)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; (…)
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)»

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ponto de Encontro e curiosidade Histórica


D. Afonso Henriques pode ter origens no concelho de Sever do Vouga, distrito de AVEIRO
O nono centenário do nascimento do nosso primeiro rei assinala-se este ano. D. Afonso Henriques pode ter tido as suas origens no lugar da Senhorinha, no concelho severense
Assinala-se este ano (desconhece-se o mês e o dia) o nono centenário do nascimento do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, que, curiosamente, pode ter tido as suas origens em Sever do Vouga, mais concretamente no lugar da Senhorinha.
São apontados vários locais como berço do seu nascimento. Terá o rei “Conquistador” nascido em Guimarães? Ou em Viseu? Ou em Ribadouro, concelho de Baião? Ou mesmo em Coimbra?
O principal argumento em favor de Guimarães fundamenta-se no peso da tradição, que defende que D. Afonso I nasceu nesta cidade e foi baptizado na pequena capela existente perto do castelo. Porém, está provado documentalmente que esta capela não é do tempo do nosso rei fundador, mas bastante posterior.
Viseu, desde que o conceituado historiador local Almeida Fernandes e o emérito professor José Mattoso apresentaram uma tese que considera D. Afonso Henriques como natural daquela cidade, orgulha-se de tal facto e, neste ano de 2009, nos 900 anos do nascimento do rei “Conquistador”, reivindica para si a erecção de uma sua estátua. O referido historiador viseense argumenta, entre o mais, que D. Teresa estaria nas “Caldas de Lafões” (hoje, Termas de S. Pedro do Sul) – o nosso primeiro rei também as frequentou, na tentativa de cura de ferimentos motivados pela queda de um cavalo e onde mandou construir uma piscina, a “piscina de D. Afonso Henriques – e que, numa deslocação a Viseu de D. Teresa, chegou a hora de nascer o seu filho, futuro D. Afonso I. Uma certeza: o grande historiador Alexandre Herculano informa que D. Teresa, na sua ida para aquelas termas, pernoitou num pequeno mosteiro existente em Cedrim, então Cedarim.
Quanto a poder ser Ribadouro a terra natal do nosso primeiro rei, tal facto assenta na circunstância, defendida por alguns conceituados historiadores, de Afonso Henriques ter nascido com as pernas aleijadas, debilidade que era contrária aos interesses dos fidalgos portucalenses, ciosos de tornar o condado independente, para tal sendo necessário um rei saudável e fisicamente forte. Para ultrapassar a debilidade do menino, este teria sido substituído por outro, que seria filho do seu “aio”, D. Egas Moniz, a quem fora atribuída a sua “criação” até aos cinco anos. Daí se dizer que o rei teria nascido em Ribadouro, onde vivia Egas Moniz, que era patrono de vários mosteiros na região, entre eles Alpendurada e Paço de Sousa.

Origens em
Sever do Vouga
A darmos crédito à tese de o nosso primeiro rei ser filho de D. Egas Moniz, D. Afonso Henriques poderia ter tido origens em Sever do Vouga, concretamente na família dos Figueiredos do Paço da Vala, no lugar da Senhorinha.
Isto porque, o padre Alfredo Júlio Soares P. Coutinho Almas, num pequeno livro de 29 páginas, intitulado “Figueiredos e Terras de Santa Maria”, editado em 1930, escreve, na página 18, que o 22.o titular da família do Paço da Vala foi D. Ermígio Muniz de Figueiredo, que se notabilizou – diz o padre Almas – nas guerras travadas com D. Teresa, na luta pela independência do Condado Portucalense, incluindo na famosa batalha de S. Mamede.
E como este Ermígio Muniz de Figueiredo, segundo o padre Almas, no mesmo livro, muitos outros fidalgos da mesma família Figueiredo da Senhorinha cometeram importantes actos heróicos, como por exemplo “Gil Eanes Pacheco Pereira de Figueiredo, que dobrou o Cabo Bojador”; “D. Duarte Pacheco Pereira de Figueiredo: foi-lhe atribuída a descoberta do Brasil e não a Pedro Álvares Cabral”; e tantos outros “heróis”…
A Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura refere, na coluna 1.211 do volume 13, que “desde o princípio do século XI, Egas Moniz e seus irmãos Ermígio e Mendo figuram na corte do conde D. Henrique”. E, na coluna 1.212 do mesmo volume 13, escreve que D. Afonso Henriques o nomeou “a ele (Egas Moniz) e a Ermígio Moniz seus primeiros mordomos” (chefes dos criados do soberano).
Só que o Ermígio citado pelo padre Almas era, além de Moniz, também de Figueiredo: “D. Ermígio Moniz de Figueiredo”. Seriam uma só e a mesma pessoa?
Ora, sendo Ermígio Moniz irmão do “aio” Egas Moniz, os seus pais seriam, naturalmente, os mesmos de D. Afonso Henriques, a ser filho de Egas Moniz, seria, também ele, descendente da família senhorial do Paço da Vala, na Senhorinha.
E, a considerar-se fidedigna a legenda que os dois brasões do Paço da Vala apresentam à sua volta (excepto na parte superior), onde está escrito “Non nos a sanguine regum venimus at nostro veniunt a sanguine reges”, palavras que, traduzidas à letra, significam: “Nós não viemos do sangue dos reis, mas do nosso sangue vêm os reis”, que o mesmo é dizer que “nós (a família Figueiredo) não derivamos do sangue dos reis, mas os reis é que vêm (provêm, são descendentes) do nosso sangue”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Queda do Muro de Berlim -20 Anos depois-Entrevista a Mikhail Gorbachev



"......Em 1986, o regime soviético abriu a primeira brecha na Cortina de Ferro.
Mikhail Gorbachev, novo Secretário Geral do Partido Comunista, anunciou no 27° Congresso do Partido um ambicioso plano de reformas políticas e sociais. Um plano para salvar o regime que acabou por precipitar a Queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética.
Hoje, ao microfone da euronews, Gorbachov não lamenta o fim da carreira política, defende o sucesso do projecto.
Regresso aos acontecimentos que marcaram a história.

Maria Piñeiro, euronews – Sr. Gorbachev, quis informar e modernizar a União Soviética com as famosas políticas Glasnost e Perstroika. Qual era a diferença entre elas e qual era o objectivo final?

Michail Gorbachev – Glasnost é a liberdade, a liberdade de expressão, de imprensa. Nós queríamos que os cidadãos pudessem ter acesso à informação no sentido lato. Era muito importante porque uma pessoa que não tem acesso à informação fica imediatamente à margem da política e da vida real.

A Perestroika era o programa com o qual chegámos ao poder e que nos ia permitir efectuar as mudanças que eram inevitáveis na União Soviética.
Sem a Glasnost e sem o povo era impossível conseguir.

Acho que se não tivesse havido Glasnost, a Perestroika nunca teria funcionado.
Perestroika era a participação do povo, era a obrigação de tê-lo sempre informado. Era a discussão, o diálogo no seio da sociedade. O poder exercia-se através da Glasnost e da liberdade de imprensa. Glasnost e Perestroika estão estreitamente relacionadas, eram as duas faces da mesma moeda.

euronews – Qual foi o impacto da queda do muro de Berlim no seu projecto de reforma? Houve um antes e um depois?

M.G. – Acho que nós participámos na queda porque nessa época, nesse momento, a URSS estava a levar a cabo reformas profundas, em política, em economia e noutras áreas. O facto de o muro cair foi a prova de que a União Soviética não queria intervir na escolha que os outros países do Pacto de Varsóvia tinham feito antes. Foi a confirmação de que esses países podiam escolher livremente os sistemas políticos, os regimes, os modelos.

Nos países do Pacto de Varsóvia fizeram-se as Revoluções de Veludo, esses povos fizeram a própria escolha e nunca interviémos. Seria bizarro tratar a Alemanha de outro modo, como um país leproso. Seria injusto para esse povo, nação.

As pessoas não deixaram as praças durante dias e dias. Para nós, era evidente que algo se ia passar, que uma mudança muito grande se preparava.
Três meses antes da queda do muro, eu estava em visita oficial na República Federal Alemã e os jornalistas perguntaram-nos – a mim e ao Senhor Helmut Khol, se durante as nossas reuniões discutíamos sobre “a questão alemã”. Nós respondemos que sim, claro, e então perguntaram-nos o que tínhamos decidido. Respondemos que estávamos conscientes de que devia tratar-se da questão, mas que achávamos que seria a História que resolveria o problema, provavelmente no século XXI.

Três meses depois acontecia. Nós tínhamos sido os maus profetas e a História deu-nos uma boa lição.

euronews – Onde estava a noite do 9 de Novembro de 1989? Como viveu essa noite? Que recordações tem?

M.G. – Estava em Moscovo e, como era noite estava a dormir.
Foi o nosso embaixador que me telefonou, de madrugada, a informar. E eu respondi que tínhamos de aceitar porque os alemães já tinham aberto algumas brechas no Muro. ..e como
isso não era suficiente acabaram por derrubá-lo.

Durante os três primeiros dias, três milhões de pessoas passaram o muro nos dois sentidos. Não era difícil compreender essa nação separada durante 40 anos, quando as pessoas não podiam por exemplo ver as famílias, aquilo era um drama…
Acho que devemos dizer bravo aos homens políticos dessa época. Certamente houve muitas dúvidas, discussões muito violentas.
O senhor Miterrand, por exemplo, dizia que gostava tanto dos alemães que duas Alemanhas seriam melhores do que uma!
A senhora Thatcher também não queria a reunificação. E tive a impressão, e não só eu, que eles queriam impedir a reunificação mas que fosse Gorbachev a tomar a decisão. Eu disse que não, que nem pensar, porque não achava justo.
Nós reagimos como a situação nos obrigou, e também com responsabilidade, devido a tudo o que se estava a passar na Europa e no resto do mundo.

euronews – Depois de passar mais de um ano na presidência, um golpe de Estado obrigou-o a demitir-se em 1991. Logo depois a União Soviética desapareceu. Porque falhou o projecto?

M.G. – Antes do mais, não estou de acordo com a conclusão de fracasso do nosso projecto.
Pelo contrário, foi um sucesso tal que as reformas democráticas puderam começar na União Soviética. Depois da desintegração, a Rússia de hoje continua a desenvolver-se, a economia de mercado e o pluralismo em diferentes áreas como a política, as ideologias, a religião, etc.
Mais ainda, hoje podemos ver como resultado dessas mudanças, que já nada pode obrigar o país a fazer marcha atrás, apesar de a Perestroika ter sido interrompida à força.
Portanto a Perestroika ganhou, e sobre isto, a minha opinião é diferente da sua. Fui eu quem perdeu como homem político… mas isso acontece.
Também devo dizer, que durante todas essas mudanças não houve derramamento de sangue ou quase. Infelizmente houve algumas vítimas mas pudémos evitar um banho de sangue.
E essa é mais uma vitória da Perestroika.

euronews – Cometeu algum erro?

M.G. – Sim, cometemos muitos erros. Demorámos a fazer a reforma do Partido Comunista e a reforma da União Soviética. Não fomos capazes de ver a tempo os grandes problemas sociais. Quando a população começou a ganhar melhor, o mercado não tinha capacidade de lhe fornecer os produtos de consumo. Havia filas de espera enormes…
Estou de acordo com os que pensam que ,neste sentido, os mestres da Perestroika fizeram erros.

Mas isto não anula o facto de que a Perestroika teve um papel decisivo na Rússia, na Europa e no resto do mundo porque foi graças a ela que se produziram mudanças na Europa Central e do Leste. Foi a Perestroika que deu lugar ao desarmamento e a muitas outras coisas.

Retomámos as relações com a China. Trinta anos de hostilidades deram o lugar a uma amizade intensa. Sem falar do feito com os Estados Unidos estabelecemos uma relação de verdadeiros parceiros.

euronews – Senhor Gorbachov, o senhor passa à história como um herói para uns como o responsável de um desastre para outros. Com que parte da história fica?

M.G. – É normal. As conclusões das pessoas são o resultado da compreensão que têm das coisas. Tenho certeza de que a história de hoje e a do futuro vão desenvolver-se sob influência das ideias e dos projectos da Perestroika. Provavelmente o que digo não é muito modesto mas eu não fui o único responsável da Perestroika. Antes de mim, as forças progressistas começaram a trabalhar na União Soviética, depois isso propagou-se a outros povos, como aos dos países do Pacto de Varsóvia. As relações com os maiores países ocidentais mudaram.
Hoje tenho a consciência tranquila......"
Fonte: Euronews

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Golfinho Calderon


Este é o "terrível" animal que os bárbaros Dinamarqueses adoram matar

Matança de Gofinhos na Dinamarca!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pensava o Ponto de Encontro até há pouco tempo que a Dinamarca era um País desenvolvido economica e CULTURALMENTE..engano.....engano...que desilusão....que barbaridade...que primitivismo...sem palavras.





"...Que vergonha esta triste cena.
Por incrível que pareça, este espectáculo mantém-se em Dantesque, Ilhas Faroe (Dinamarca). Um país supostamente civilizado e, ainda por cima, membro da União Europeia.
Para muita gente, este ataque à vida passa despercebido, como um costume para “mostrar” a passagem à idade adulta. É de uma atrocidade absoluta.
Ninguém mexe uma palha para acabar com esta barbaridade contra os”Calderon”, um golfinho inteligente e tranquilo que se aproxima dos homens demonstrando amizade.
Faz com que esta atrocidade seja conhecida e que, como é desejável, acabe de vez....."
COLOQUEM NOS VOSSOS BLOGUES IMAGENS DESTE MASSACRE..QUE CIRCULEPOR TODA A BLOGOSFERAAAAAAA