segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PONTO DE ENCONTRO ...divulga ..AMADEU DE SOUSA...poeta aveirense

Quem me dera enterrado junto ao cais
na tumba da maré da eternidade,
onde vive o Aveiro e a saudade,
a beleza infinita dos canais!

E nessa sepultura ser arrais
do barco ancestral desta cidade,
onde mora a raiz da Liberdade,
semeada por vozes imortais!

Então nesse recanto do Rossio,
onde o amor nasceu, e ali ouviu
o murmurar da água na muralha,

quem me dera morrer de maresia,
e na urna embalada pela ria,
vestirem-me de sal, como mortalha!

A Barca dos Apóstolos













A Barca dos Apóstolos .
Nenhuma comunidade se sustém sem alimentar os seus mitos. De entre as narrativas que
compõem a identidade de um colectivo, as mais celebradas e disputadas são as que
falam das origens. Lugares de memória, os museus devem estimular essa constante
invocação de um passado feito de realidade e lenda. Para que esse jogo
memorial-identitário se desenrole são precisos rituais apoiados em objectos
densamente simbólicos, quase totémicos. A “Barca dos Apóstolos” que agora
reside no Museu graças à generosidade da família do Tenente Alberto da Maia
Mendonça e esposa Maria Casimira Gomes da Cunha significa muito para os
ilhavenses. Durante largos anos foi barco de andor, primeiro na remota festa
que, em Ílhavo, os pescadores dedicavam a S. Pedro Apóstolo, depois na Senhora
da Saúde da Costa Nova – também conhecida como a “festa das companhas” – e, mais
recentemente, na festa ao Senhor Jesus dos Navegantes, que a nível local se
ligou à pesca do bacalhau. Este magnífico barco enegrecido pode, porém,
significar muito mais do que um barco processional, caso lhe queiramos atribuir
novos significados. Testemunho votivo da Diáspora dos Ílhavos, invoca a mítica
“companha dos luizes”, certamente uma homenagem a todos os pescadores que,
aprisionados nas areias de S. Jacinto, após a abertura da barra, no início de
Oitocentos, começaram a levar as suas companhas a múltiplos pontos do litoral.
Esta peça há muito desejada para o Museu e ligada às suas origens permite
invocar diversos ciclos da maritimidade local, uma índole marítima, primeiro
ancorada nas pescarias locais e costeiras, mais tarde nas pescas longínquas.
Numas como noutras, o pescador nunca foi outra coisa senão um frágil tripulante
de um barco de mar.
Depósito da Família do Tenente Alberto da Maia Mendonça e
esposa Maria Casimira Gomes da Cunha Nenhuma comunidade se sustém sem alimentar
os seus mitos. De entre as narrativas que compõem a identidade de um colectivo,
as mais celebradas e disputadas são as que falam das origens. Lugares
de memória, os museus devem estimular essa constante invocação de um passado
feito de realidade e lenda. Para que esse jogo memorial-identitário se desenrole
são precisos rituais apoiados em objectos densamente simbólicos, quase
totémicos. A “Barca dos Apóstolos” que agora reside no Museu graças à
generosidade da família do Tenente Alberto da Maia Mendonça e esposa Maria
Casimira Gomes da Cunha significa muito para os ilhavenses. Durante largos anos
foi barco de andor, primeiro na remota festa que, em Ílhavo, os pescadores
dedicavam a S. Pedro Apóstolo, depois na Senhora da Saúde da Costa Nova – também
conhecida como a “festa das companhas” – e, mais recentemente, na festa ao
Senhor Jesus dos Navegantes, que a nível local se ligou à pesca do bacalhau.
Este magnífico barco enegrecido pode, porém, significar muito mais do que um
barco processional, caso lhe queiramos atribuir novos significados. Testemunho
votivo da Diáspora dos Ílhavos, invoca a mítica “companha dos luizes”,
certamente uma homenagem a todos os pescadores que, aprisionados nas areias de
S. Jacinto, após a abertura da barra, no início de Oitocentos, começaram a levar
as suas companhas a múltiplos pontos do litoral. Esta peça há muito desejada
para o Museu e ligada às suas origens permite invocar diversos ciclos da
maritimidade local, uma índole marítima, primeiro ancorada nas pescarias locais
e costeiras, mais tarde nas pescas longínquas. Numas como noutras, o pescador
nunca foi outra coisa senão um frágil tripulante de um barco de mar.

Manuel Fraga Iribarne (1922-2012)




"Com Manuel Fraga morre um patriota, um servidor de Espanha. Morreu-nos a todos, porque um homem de Estado não morre nem vive de forma normal. Um homem de Estado morre e vive para todos os que fez seus, para todos aos que dedicou a sua vida", afirma Aznar. Num artigo publicado no jornal ABC o ex-presidente do Governo recorda a trajetória pública de quem considera seu mentor no PP, destacando a "fortuna" de todos os espanhóis porque Fraga "fez de Espanha a sua vocação, o seu empenho, o seu horizonte de vida". "Esteve nos momentos chave da nossa história política dos últimos 50 anos, tornando-a possível e dando-lhe um sentido ao serviço de bem comum. Para dignificar o sentido da palavra política", escreve Aznar. Destaca que Fraga "trabalhou desde dentro para a auto dissolução da ditadura", sendo que "transição (...) Constituição e Partido Popular" são três conceitos "simplesmente incompreensível sem Manuel Fraga". "Sem ele tudo teria sido diferente. Só por isso merece a sincera gratidão de todos os espanhóis. Alguns, muitos, devemos-lhe bastante mais", conclui. Manuel Fraga, fundador do Partido Popular (PP) espanhol e um dos pais da Constituição do país, faleceu na noite de domingo, na sua casa em Madrid, devido a uma paragem cardíaca na sequência de um agravamento de uma crise respiratória que começou no início do ano. Fontes familiares confirmaram que Fraga será sepultado na terça-feira na localidade de Perbes, na província galega da Corunha, cumprindo assim um desejo expresso várias vezes por Fraga. O corpo será velado na sua casa em Madrid, por desejo da família, apesar de o Congresso, o Senado e a Junta da Galiza terem disponibilizado instalações oficiais para que o corpo ficasse em câmara ardente.
Fonte: Lusa
Manuel Fraga Iribarne (Vilalba, 23 de novembro de 1922 - Madrid, 15 de janeiro de 2012) foi um político galego. Ex-ministro de Informacão e Turismo (1962-69) durante a ditadura Espanhola. Foi presidente da Junta da Galiza durante quinze anos (1990-2005) e senador eleito pelo Parlamento da Galiza.Licenciou-se em Direito e em Ciências Políticas e Económicas, e iniciou a actividade política em 1952, como secretário-geral do Instituto de Cultura Hispânica, e ocupou em seguida vários cargos na área da educação e da cultura. Em 1962 foi nomeado ministro da Informação e Turismo, na época em que a Espanha se tornou numa das principais potências do turismo.Em 1973 é nomeado embaixador de Espanha no Reino Unido, e regressou ao seu país dois anos depois para integrar o primeiro Governo da reinstuarada monarquia, como vice-presidente e responsável pelos Assuntos Internos. Entre 1977 e 1978 fez parte do grupo que redige a Constituição espanhola, os Padres de la Constitución, e fundou a Aliança Popular, antecessora do actual Partido Popular (PP), cuja liderança deixa em 1987, quando é eleito deputado ao Parlamento europeu.Desde a transição democrática, Fraga Iribarne apresentou-se a todas as eleições até 1986, tendo sido eleito deputado pela comunidade de Madrid nas eleições legislativas de 1977, 1979, 1982 e 1986.Em 1989 liderou a lista do Partido Popular às eleições regionais da Galiza, vencendo com maioria absoluta, e tornando-se presidente da Junta. O êxito eleitoral veio a repetir-se nas três eleições seguintes - 1993, 1997 e 2001. Aos 82 anos, nas eleições regionais galegas de Junho de 2005, perde por um deputado a maioria absoluta (37 deputados do PP, 25 do PSOE e 13 do Bloco Nacionalista Galego) e abandona a presidência da Junta.Autor de mais de 87 livros em castelhano e dois em galego.

Bom Ano 2012















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