quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Faz hoje 17 anos...Massacre no Cemitério de Santa Cruz
(Esta foi a imagem que correu Mundo há 17 anos)
Há 17 anos, o massacre do cemitério de Santa Cruz revelava ao mundo a face mais sangrenta da ocupação indonésia em Timor-Leste.
Centenas de pessoas foram mortas a tiro pelas tropas de Suharto. Ao certo, não se sabe quantos timorenses morreram.
Ainda hoje há ainda corpos por encontrar. As imagens correram as televisões de todo o mundo.
Pela primeira vez, a Comunidade Internacional via o que realmente se passava em Timor.
Passaram 17 anos.
Ai Timor
Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
Do labirinto escolhe-se o mar
No cais deserto fica o desejo
Da terra quente por conquistar
Nobre soldado que vens senhor
Por sobre as asas do teu dragão
Beijas os corpos no chão queimado
Nunca terás o nosso perdão
Ai Timor Calam-se as vozes Dos teus avós
Ai Timor Se outros calam Cantemos nós
Salgas de ventres que não tiveste
Ceifando os filhos que não são teus
Nobre soldado nunca sonhaste
Ver uma espada na mão de Deus
Da cruz se faz uma lança em chamas
Que sangra o céu no sol do meio dia
Do meio dos corpos a mesma lama
Leito final onde o amor nascia
Música de Luis Represas
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3 comentários:
Dezassetes anos???
Lembro-me destas imagens como sendo de ontem. Lembro-me do fervor daquelas avé-marias que se ouviam ao longe, antes de começarem os disparos.
O ser na língua-mãe, numa Pátria que se julgava Mátria, tocou-me profundamente. A mim e, creio, a um Portugal inteiro, que se uniu pela primeiríssima vez em torno de uma causa verdadeiramente nobre, para além das cores da Selecção portuguesa de futebol.
Esses eram os tempos de orgulho numa língua comum e num povo abandonado.
Dezassete anos?!?
É impressionante a velocidade a que os dias correm.
Um grande beijo.
Tens razão..parece que foi ontem...
E tb tens razão foi a primeira vez que vi Portugal Unido em torno de uma causa
Não esqueço uma noite de Agosto na Costa Nova com milhares de velas à noite POR TIMOr..com a Ria cheia de barcos..
Parece que foi ontem... o tempo passa.
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