Meus ollos van por lo mare,
mirando van Portugale.
Meus ollos van por lo río,
mirando van meu amigo
canción popular anónima do século XV ou XVI
Cando sentado en unhas altas penas
que o mar batía con feroz ruxido,
ardendo en lume vivo as súas venas,
centellándolle os ollos encendidos,
xamáis adormecidos
,
Belmiro, labrador, se lamentaba
e os seus gritos alzaba
ós ceos dos seus males causadores,
contándolles ós aires seus dolores.
Xa tamén revolcándose na area,
das súas bágoas empapada e chea,
xa as rocas lles contaba os seus amores
Vizconde de Chauteaubriand
Envolto en brétemas frías
vinte berrar con furor;
vín a maldá que encobrías
que sempre andas as porfías
co bote do pescador.
Vín a ola que se escarrancha
contra ó barco,
feita escuma,
cando tragar quere a lancha
e nín da bóveda ancha
siqueira un luceiro aluma
Subscrever:
Enviar comentários (Atom)
2 comentários:
Olá!
Gostei muito do blog, tem muito bom gosto, encontrei-o porque estou à procura de informações gerais sobre a Ria de Aveiro, mas nunca pensei em encontrar alguém tão dedicado Às histórias e costumes desta zona de Portugal. O que mais me surpreendeu é seres galega! Posso perguntar de onde? Estive alguns meses a trabalhar em Mazaricos e posso dizer que adorei o pessoal do norte!
O que eu pediria agora é onde posso ter acesso a fotografias antigas ou até se tiveres informação interessante sobre a Ria pois estou a trabalhar num projecto urbano de arquitectura. Aqui está o meu contacto
sarah_dmz@hotmail.com
Obrigada desde já e parabéns pelo blog,
Sara
Poesia telúrica com sabor a sol e a perfume. a estética e a sensibilidade irmanadas num amplexo fraternal. Sublime.
Enviar um comentário