terça-feira, 10 de março de 2009

TIBETE 50 ANOS DEPOIS:::::::

NOTA DA AUTORA: Nas minhas leituras diárias encontrei este texto que me deixou pensativa e me levou a pesquisar mais sobre um assunto que eu , como acho que toda a gente, tem já uma idéia forte instalada...mas como diz alguém cuja opinião respeito..."A História para se avaliar bem tem de se conhecer e ler sobre a que é contada pelos vencedores e a que é contada pelos vencidos"...sem nenhum comentário meu aqui vos deixo este texto ...POLÉMICO
"......Quando se assinala os 50 anos da ocupação chinesa do território do Tibete muitas vozes se levantam para condenar os chineses.
O que não se fala tanto é que Tenzin Gyatso chegou a ser o monarca de uma teocracia absolutista que, até 1951, ainda mantinha um regime de servidão. Com excepção de poucas centenas de famílias nobres, todos os tibetanos eram servos ligados a terras pertencentes a aristocratas ou mosteiros budistas.
O que também ninguém diz é que o 14º Dalai Lama, que assumiu seu posto em 1950, tentou negociar com os comunistas para manter o poder, nem que, após a revolta anticomunista de 1959, passou a receber mesada da CIA para, no exílio, continuar a luta pela independência.
Também duvido muito que a China tenha transformado o Tibete num inferno, limitando-se a extrair as riquezas sem dar nada à população local. O PIB per capita dos tibetanos cresceu 30 vezes quando comparado a 1950, a população passou de 1,2 milhão para mais de 3 milhões. De acordo com as Estatísticas do Governo Chinês, a média dos salários pagos no Tibete é das mais altas do país. A China também criou uma rede de ensino pública da Província (antes só havia educação religiosa) e instalou centros de pesquisa científica. Sob o domínio de Pequim, a mortalidade infantil caiu de 430 por mil nascidos vivos em 1950 para 35,3 por mil em 2000. No mesmo período, a esperança média de vida saltou de 35,5 anos para 67. Agora temos que compreender que o regime chinês é uma ditadura, não só no Tibete mas no país todo.
Tirando, entre os séculos 7 e 11 em que o Tibete constituiu um império, desde o século 18 que o Tibete esteve sobre o domínio Chinês. Por isso parece-me bastante razoável dizer que os tibetanos apresentam uma cultura distinta da chinesa, e devem ter direito, senão a um país (o próprio Dalai Lama já renunciou a essa pretenção), pelo menos a maior autonomia administrativa, que lhes permita preservar sua identidade. No entanto no mundo da diplomacia nem a Índia, que serve de sede para o governo tibetano no exílio, reconhece o Tibete como país independente.
Raramente no mundo real, as guerras têm um lado bom e um lado mau. Muitas vezes os bons não são assim tão bons nem os maus só trazem desgraça......"

Fonte: Reactor 4

4 comentários:

joao madail veiga disse...

A versão da História que nos chega é sempre a dos vencedores, o que raras vezes corresponde à Verdade e, sobretudo, nunca é isenta.
Tem-se sempre de ouvir o outro lado, onde o que se conta é diferente.

José Leite disse...

O Tibete precisa de autonomia e liberdade. A repressão, por algum desenvolvimento que haja, não é boa conselheira...

Joanissima disse...

O cartoon é absolutamente genial...
E é vergonhoso o que acontece ali, de facto.

almagrande disse...

Um exemplo sobre a perspectiva dos vencedores: Em tempos conheci um murtoseiro que desenbarcou com as tropas aliadas na Normandia. Daí seguiu com as forças libertadoras até Berlim, tendo-me contado, a mim e a quis ouvir, a forma como íam dinamitando e pilhando os bancos por onde passavam. Não me recordo de ter lido algo parecido nos manuais de história ou de ter visto o John Wayne a fazer tal coisa nas versões Hollywoodescas.
Despojos de guerra?