quarta-feira, 4 de março de 2009

Mudança varre a Galiza e País Basco

Populares galegos recuperam maioria, nacionalistas bascos perderam-na

Foi um tombo eleitoral duplo: na Galiza, o PP recuperou o governo da Xunta, quatro anos depois; no País Basco abre-se a porta ao primeiro governo não-nacionalista da história. O socialista Patxi López poderá governar, recorrendo ao PP e UpyD.

Foram as primeiras eleições regionais do ano para Espanha e ditaram mudanças significativas nas duas regiões autonómicas a sufrágio: Galiza e País Basco. Por um lado, pesou o contexto de crise internacional - que penaliza sempre quem governa -, por outro, redefine a necessidade de novos entendimentos para quem perdeu a maioria governativa.

Primeiro a Galiza. Na região que encobre Portugal no mapa ibérico deu-se uma recuperação não esperada para o Partido Popular: 39 lugares no governo regional (38 já davam maioria absoluta), contra 24 do Partido Socialista Galego (PSG) e 12 do Bloco Nacionalista Galego (BNG).

A formação popular liderada por Alberto Núñez Feijóo alcança mais dois deputados do que em 2005, nas anteriores eleições. Na hora das felicitações, Feijóo agradeceu ao povo "todo o caudal de confiança" que denotam os resultados. Feijóo falou perante centenas de militantes do seu partido. "O Partido Popular ganhou as eleições", disse, recordando que o seu partido recuperou a maioria absoluta numa eleição que registou a participação eleitoral mais elevada da história da Galiza (69,5% de afluência às urnas).

O castigo foi efectivo para a coligação que governava a Galiza, o denominado bipartido que juntava socialistas e nacionalistas. O ainda presidente da Xunta, o socialista Emilio Pérez Touriño, reconheceu a derrota e o candidato do BNG, vice-presidente da Xunta na anterior legislatura, fez o mesmo, felicitando o PP pelo regresso ao poder.

No que toca ao País Basco, a composição do parlamento regional fica agora assim distribuída: Partido Nacionalista Basco (PNV) sobe para 30 deputados; Partido Socialista de Euskadi (PSE) sobre também para 24 deputados e o PP baixa para 13. Nos partidos mais pequenos, o Aralar surpreendeu com a eleição de quatro representantes.

Perante este escrutínio, está aberta a possibilidade de o Partido Socialista chegar ao poder com o apoio de outros partidos não-nacionalistas. Aconteceria pela primeira vez na história da região autónoma - não ter um governo nacionalista.

Patxi López, líder socialista basco, poderia ser o 'le hendakari' [chefe do governo], se recorrer ao apoio do PP e do UPyD, somando assim os necessários 38 votos para governar em maioria.

Na hora do festejo, Patxi López declarou-se "preparado para liderar a mudança" e chefiar o próximo governo do País Basco depois dos "melhores resultados de sempre" dos socialistas na região espanhola. "Acabou o tempo da exclusão e começa um novo tempo a partir de agora, em que os bascos vão decidir de comum acordo", afirmou.

Por seu lado, Antonio Basagoiti, presidente do PP basco, afirmou que os 13 deputados conseguidos pelo seu partido os tornam decisivos para a formação do próximo Governo. "Os bascos votaram muito claro pela mudança e se o PSOE não enganou durante a campanha eleitoral haverá mudança".

Fonte:JN

Nota da autora: Não teço comentários aos resultados na Galiza...mas estou de boca aberta..que raio aconteceu?Mas claro que mudando de país a derrota dos socialistas...dos socristas ...seria um dia ...diremos que muito ... muito.... feliz para mim...

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