sábado, 16 de agosto de 2008

Fotografia sobre memórias da pesca do bacalhau


Porões da Memória
NO MUSEU MARÍTIMO DE ILHAVO está patente ao público na sequência do lançamento do livro "MEMÓRIAS DE UM PESCADOR" uma exposição de fotografia subordinada ao tema NOS PORÕES DA MEMÓRIA.
A memória das grandes sagas do trabalho no mar só serão menos frágeis e mais plurais se as suas narrativas partilhadas no espaço público se alimentarem de testemunhos subjectivos e visuais.
As fotografias obtidas nos interstícios das fainas do bacalhau, ora destinadas ao acto íntimo de recordar, ora vertidas em longos álbuns compostos com uma certa intenção documental, confirmam a natureza fortemente visual das culturas marítimas.
Muitos foram os tripulantes das frotas bacalhoeiras que se deram ao gosto de fazer fotografias do estranho mas belo mundo em que se moviam. Não poucos "oficiais" e alguns pescadores fotografavam em silêncio, quais actores efémeros de uma vida que sabiam extraordinária e condenada aos rituais da recordação, ao arquivo nos "porões da memória"...
Esta exposição reúne três conjuntos de fotografias propositadamente diversos: um capitão, um piloto e um enfermeiro partilham imagens de sua própria autoria, fragmentos de uma vida cruel que ainda assim recordam com saudade!

Álvaro Garrido
Director do Museu Marítimo de Ílhavo

3 comentários:

Anónimo disse...

Fai trinta anos, a flota bacallaeira española estaba composta por 76 parellas e unha ducia de bous. Na actualidade, a mesma flota viuse reducida a tres parellas e catro bous, é dicir, unha decena de barcos.
A mingua en tripulacións é tamén rechamante: de máis de 3.500 homes enrolados pasouse aos douscentos da actualidade. As factorías de procesado e secado en terra practicamente desapareceron e incluso é difícil atopar mans femininas para clasificar o salgado.

Na orixe de tal situación están a perda de caladoiros e as reducións de cuota que padeceu o sector.
Se fai unhas poucas décadas, os bacallaeiros españois faenaban por todo o Hemisferio Norte, desde Boston ata Rusia e case o Polo Norte, en busca do bacallau do Gran Banco de Terranova, de Grenlandia ou de Barents, as restricións e moratorias a confinan agora á zona económica exclusiva de Noruega e a Svalbard, onde cada ano han de repartirse pouco máis de 7.000 toneladas de bacallau, dun TAC total de 300.000 toneladas total, das que 280.000 explótanas Noruega e Rusia de forma individual ou en empresas mixtas.
Así, en paralelo coa mingua sufrida pola flota española e tamén pola comunitaria, as de Noruega e Rusia multiplicáronse de forma espectacular no mesmo período ata os 200 barcos noruegueses e moitos máis rusos

Ós galegos e portugueses tocounos o papel de malos e parvos de esta película ; pero o proveito lévano , como sempre, outros.


Apertas e perdón por estenderme tanto

Marieke disse...

Nunca peças desculpas por coisas como este texto..este ponto de encontro é principalmente um encontro entre portugal e galicia..escreve sempre muito e com este nível..a partilha do conhecimento das coisas os nossos paises é sempre bem vinda ao meu blog
Obrigada eu
Quando puder envio o livro memórias de umpesacdor..não me esqueço

garina do mar disse...

deve ser bem gira a exposição!!! é sempre interessante verem-se vários pontos de vista...