terça-feira, 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Odes Marítimas de Júlio Pomar e Fernando Pessoa- no Museu Marítimo de Ílhavo


"...Não haverá um único museu do mar que não aspire a compor odes marítimas.
Fazer do mar um sujeito poético e artístico em permanente reinvenção, escrever e pintar os universos marítimos no precário equilíbrio entre um interior imaginado e um exterior tão realista quanto cruel, são formas nobres de abrigar a criação no reduto frio de um museu.
Em Junho de 1915, Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, publicava a Ode Marítima na Orpheu. No ano anterior, a primeira revista do futurismo português já dera a conhecer a Ode Triunfal, texto menos soturno, em cujas estrofes perpassa mais claridade.
Na Ode Marítima, o poeta-engenheiro naval Álvaro de Campos, como Pessoa se intitula ao assinar o seu longo poema sensacionista, um paquete simboliza todos os imaginários petrificados num silencioso cais: a memória, a saudade, a viagem. Ser poeta e, ao mesmo tempo, engenheiro de navios, significaria condensar numa só alma o confronto mais surdo do tempo da Grande Guerra: o combate entre um passado imaginado - a tradição - e um futuro incerto - a modernidade, a técnica e a maquinação do próprio Homem.
A vida marítima surgia a Pessoa aliás, a Álvaro de Campos como uma pedra de toque filosófica; como física e metafísica; enquanto realidade sonhada e realidade real. Ser engenheiro-naval significava, ao tempo, conjugar presente e passado, ligar a herança com o progresso, honrando a ligação umbilical de Portugal ao mar. Só um engenheiro e poeta o poderia compreender.
Não por acaso, ao inspirar-se na Ode Marítima, quase um século depois Júlio Pomar desenhou filosoficamente. De maneira mais e menos figurada, a lápis de cera e a pastel de óleo, compôs dezasseis magníficos desenhos, representando homens e navios, personagens centrais do poema pessoano e actores inevitáveis de qualquer narrativa marítima.
Ao juntar Pessoa e Pomar numa exposição temporária, o Museu Marítimo de Ílhavo pretende evitar-se como cais de pedra. Assim prossegue a ambição de preferir o questionamento e a interpelação das sensibilidades ao culto das nostalgias. O longo grito interior que a Ode Marítima encerra e a emoção estética que os desenhos de Pomar despertam são apelos fortes para novas viagens no imenso oceano da cultura marítima...."

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Navidad; Bom Natal



Para todos os meus amigos e família espalhada pelo Mundo;Suécia,Galiza;Chile e Portugal

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

PONTO DE ENCONTRO deseja a todos um FELIZ NATAL


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Nasceu a Confraria dos OVOS MOLES em Aveiro


Doce conventual, os ovos-moles de Aveiro têm desde sábado dia 12 de Dezembro, uma confraria, cujos primeiros 30 elementos foram entronizados e apadrinhados pela aveirense Confraria Gastronómica de S. Gonçalo.

A promoção, divulgação e defesa cultural e gastronómica dos ovos-moles, é o objectivo da Confraria dos Ovos Moles que ontem nasceu em Aveiro, numa cerimónia de entronização que foi apadrinhada pela Confraria Gastronómica de S. Gonçalo e que juntou mais de uma centena de pessoas e duas dezenas de confrarias báquicas e gastronómicas para além de algumas individualidades aveirenses.
Mais de três centenas de pequenos ovos-moles foram servidos na cerimónia de entronização cujo almoço contou com sobremesas do doce conventual.

O traje da novel confraria é amarelo significando a gema de ovo com uma pequena barra castanha a lembrar a cor da terra, segundo o chanceler da confraria Rui Daniel Amorim que salientou que o chapéu tem a forma de um ovo.
Os ovos-moles de Aveiro estão incluídos pela Comissão Europeia na lista dos produtos alimentares com a denominação de "Indicação Geográfica protegida, sendo o primeiro doce português a receber tal distinção.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ponto de Encontro com o Chile



Porque as minhas raízes também estão lá..porque na minha Pátria de Hoje estão chilenos porque na minha Pátria de Hoje também está Michele Bachelet..lembrei-me de ELE (leia-se Pablo Neruda)



No Nos Moveran

Sube a nacer conmigo, hermano
dame la mano desde la profunda zona de tu dolor diseminado
no volverás del fondo de las rocas
no volverás del tiempo subterráneo
no volverá tu voz endurecida
no volverán tus ojos taladrados
yo vengo a hablar por vuestra boca muerta
a través de la tierra juntad todos los silenciosos labios derramados

y desde el fondo habladme toda esta larga noche
como si estuviera con vosotros anclado
contadme todo, cadena a cadena, eslabón a eslabón, y paso a paso
afilad los cuchillos que guardasteis
ponedlos en mi pecho y en mi mano
como un rio de rayos amarillos
como un rio de tigres enterrados
y dejadme llorar horas ,días, años, edades ciegas, siglos estelares

dadme el silencio, el agua, la esperanza,
dadme la lucha, el hierro, los volcanes
apegadme los cuerpos como imanes
acudid a mis venas y a mi boca
hablad por mis palabras y mi sangre

no, no, no nos moveran!no, no nos moverán!
como un árbol firme junto al rio
no nos moverán.

unidos en la lucha, no nos moverán
unidos en la lucha, no nos moverán
como un árbol firme junto al rio
no nos moverán
no,no, no nos moverán! no, no, no nos moverán!
como un árbol firme junto al rio
no nos moverán

unidos en la huelga, no, no, no nos moverán!
unidos en la huelga, no, no, no nos moverán!
como un árbol firme junto al rio
no nos moverán, no nos moverán!

Pablo Neruda

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ponto de Encontro no Museu Marítimo de Ilhavo com Octávio Lixa Filgueiras




28 de Novembro de 2009, Sábado, 18h00

Apresentação do Plano de Actividades para 2010 e da nova orgânica-funcional do Museu Marítimo de Ílhavo, pelo Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo Eng. Ribau Esteves

Apresentação do livro de actas do Colóquio "Octávio Lixa Filgueiras: Arquitecto de Culturas Marítimas", uma edição Âncora Editora, com o apoio do Município de Ílhavo/Museu Marítimo de Ílhavo e Mútua dos Pescadores.



Inauguração da exposição "Viagens na colecção de instrumentos náuticos do MMI: O OITANTE"

Ponto de Encontro relembra Guerra Junqueiro


Hoje ao ler o blogue do meu amigo Rouxinol..e depois de ouvir e ler durante os últimos tempos o estado actual da Nação lembrei-me de um bocadinho do texto do Guerra tirado do seu livro Pátria

«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (…)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (…)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; (…)
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)»

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ponto de Encontro e curiosidade Histórica


D. Afonso Henriques pode ter origens no concelho de Sever do Vouga, distrito de AVEIRO
O nono centenário do nascimento do nosso primeiro rei assinala-se este ano. D. Afonso Henriques pode ter tido as suas origens no lugar da Senhorinha, no concelho severense
Assinala-se este ano (desconhece-se o mês e o dia) o nono centenário do nascimento do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, que, curiosamente, pode ter tido as suas origens em Sever do Vouga, mais concretamente no lugar da Senhorinha.
São apontados vários locais como berço do seu nascimento. Terá o rei “Conquistador” nascido em Guimarães? Ou em Viseu? Ou em Ribadouro, concelho de Baião? Ou mesmo em Coimbra?
O principal argumento em favor de Guimarães fundamenta-se no peso da tradição, que defende que D. Afonso I nasceu nesta cidade e foi baptizado na pequena capela existente perto do castelo. Porém, está provado documentalmente que esta capela não é do tempo do nosso rei fundador, mas bastante posterior.
Viseu, desde que o conceituado historiador local Almeida Fernandes e o emérito professor José Mattoso apresentaram uma tese que considera D. Afonso Henriques como natural daquela cidade, orgulha-se de tal facto e, neste ano de 2009, nos 900 anos do nascimento do rei “Conquistador”, reivindica para si a erecção de uma sua estátua. O referido historiador viseense argumenta, entre o mais, que D. Teresa estaria nas “Caldas de Lafões” (hoje, Termas de S. Pedro do Sul) – o nosso primeiro rei também as frequentou, na tentativa de cura de ferimentos motivados pela queda de um cavalo e onde mandou construir uma piscina, a “piscina de D. Afonso Henriques – e que, numa deslocação a Viseu de D. Teresa, chegou a hora de nascer o seu filho, futuro D. Afonso I. Uma certeza: o grande historiador Alexandre Herculano informa que D. Teresa, na sua ida para aquelas termas, pernoitou num pequeno mosteiro existente em Cedrim, então Cedarim.
Quanto a poder ser Ribadouro a terra natal do nosso primeiro rei, tal facto assenta na circunstância, defendida por alguns conceituados historiadores, de Afonso Henriques ter nascido com as pernas aleijadas, debilidade que era contrária aos interesses dos fidalgos portucalenses, ciosos de tornar o condado independente, para tal sendo necessário um rei saudável e fisicamente forte. Para ultrapassar a debilidade do menino, este teria sido substituído por outro, que seria filho do seu “aio”, D. Egas Moniz, a quem fora atribuída a sua “criação” até aos cinco anos. Daí se dizer que o rei teria nascido em Ribadouro, onde vivia Egas Moniz, que era patrono de vários mosteiros na região, entre eles Alpendurada e Paço de Sousa.

Origens em
Sever do Vouga
A darmos crédito à tese de o nosso primeiro rei ser filho de D. Egas Moniz, D. Afonso Henriques poderia ter tido origens em Sever do Vouga, concretamente na família dos Figueiredos do Paço da Vala, no lugar da Senhorinha.
Isto porque, o padre Alfredo Júlio Soares P. Coutinho Almas, num pequeno livro de 29 páginas, intitulado “Figueiredos e Terras de Santa Maria”, editado em 1930, escreve, na página 18, que o 22.o titular da família do Paço da Vala foi D. Ermígio Muniz de Figueiredo, que se notabilizou – diz o padre Almas – nas guerras travadas com D. Teresa, na luta pela independência do Condado Portucalense, incluindo na famosa batalha de S. Mamede.
E como este Ermígio Muniz de Figueiredo, segundo o padre Almas, no mesmo livro, muitos outros fidalgos da mesma família Figueiredo da Senhorinha cometeram importantes actos heróicos, como por exemplo “Gil Eanes Pacheco Pereira de Figueiredo, que dobrou o Cabo Bojador”; “D. Duarte Pacheco Pereira de Figueiredo: foi-lhe atribuída a descoberta do Brasil e não a Pedro Álvares Cabral”; e tantos outros “heróis”…
A Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura refere, na coluna 1.211 do volume 13, que “desde o princípio do século XI, Egas Moniz e seus irmãos Ermígio e Mendo figuram na corte do conde D. Henrique”. E, na coluna 1.212 do mesmo volume 13, escreve que D. Afonso Henriques o nomeou “a ele (Egas Moniz) e a Ermígio Moniz seus primeiros mordomos” (chefes dos criados do soberano).
Só que o Ermígio citado pelo padre Almas era, além de Moniz, também de Figueiredo: “D. Ermígio Moniz de Figueiredo”. Seriam uma só e a mesma pessoa?
Ora, sendo Ermígio Moniz irmão do “aio” Egas Moniz, os seus pais seriam, naturalmente, os mesmos de D. Afonso Henriques, a ser filho de Egas Moniz, seria, também ele, descendente da família senhorial do Paço da Vala, na Senhorinha.
E, a considerar-se fidedigna a legenda que os dois brasões do Paço da Vala apresentam à sua volta (excepto na parte superior), onde está escrito “Non nos a sanguine regum venimus at nostro veniunt a sanguine reges”, palavras que, traduzidas à letra, significam: “Nós não viemos do sangue dos reis, mas do nosso sangue vêm os reis”, que o mesmo é dizer que “nós (a família Figueiredo) não derivamos do sangue dos reis, mas os reis é que vêm (provêm, são descendentes) do nosso sangue”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Queda do Muro de Berlim -20 Anos depois-Entrevista a Mikhail Gorbachev



"......Em 1986, o regime soviético abriu a primeira brecha na Cortina de Ferro.
Mikhail Gorbachev, novo Secretário Geral do Partido Comunista, anunciou no 27° Congresso do Partido um ambicioso plano de reformas políticas e sociais. Um plano para salvar o regime que acabou por precipitar a Queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética.
Hoje, ao microfone da euronews, Gorbachov não lamenta o fim da carreira política, defende o sucesso do projecto.
Regresso aos acontecimentos que marcaram a história.

Maria Piñeiro, euronews – Sr. Gorbachev, quis informar e modernizar a União Soviética com as famosas políticas Glasnost e Perstroika. Qual era a diferença entre elas e qual era o objectivo final?

Michail Gorbachev – Glasnost é a liberdade, a liberdade de expressão, de imprensa. Nós queríamos que os cidadãos pudessem ter acesso à informação no sentido lato. Era muito importante porque uma pessoa que não tem acesso à informação fica imediatamente à margem da política e da vida real.

A Perestroika era o programa com o qual chegámos ao poder e que nos ia permitir efectuar as mudanças que eram inevitáveis na União Soviética.
Sem a Glasnost e sem o povo era impossível conseguir.

Acho que se não tivesse havido Glasnost, a Perestroika nunca teria funcionado.
Perestroika era a participação do povo, era a obrigação de tê-lo sempre informado. Era a discussão, o diálogo no seio da sociedade. O poder exercia-se através da Glasnost e da liberdade de imprensa. Glasnost e Perestroika estão estreitamente relacionadas, eram as duas faces da mesma moeda.

euronews – Qual foi o impacto da queda do muro de Berlim no seu projecto de reforma? Houve um antes e um depois?

M.G. – Acho que nós participámos na queda porque nessa época, nesse momento, a URSS estava a levar a cabo reformas profundas, em política, em economia e noutras áreas. O facto de o muro cair foi a prova de que a União Soviética não queria intervir na escolha que os outros países do Pacto de Varsóvia tinham feito antes. Foi a confirmação de que esses países podiam escolher livremente os sistemas políticos, os regimes, os modelos.

Nos países do Pacto de Varsóvia fizeram-se as Revoluções de Veludo, esses povos fizeram a própria escolha e nunca interviémos. Seria bizarro tratar a Alemanha de outro modo, como um país leproso. Seria injusto para esse povo, nação.

As pessoas não deixaram as praças durante dias e dias. Para nós, era evidente que algo se ia passar, que uma mudança muito grande se preparava.
Três meses antes da queda do muro, eu estava em visita oficial na República Federal Alemã e os jornalistas perguntaram-nos – a mim e ao Senhor Helmut Khol, se durante as nossas reuniões discutíamos sobre “a questão alemã”. Nós respondemos que sim, claro, e então perguntaram-nos o que tínhamos decidido. Respondemos que estávamos conscientes de que devia tratar-se da questão, mas que achávamos que seria a História que resolveria o problema, provavelmente no século XXI.

Três meses depois acontecia. Nós tínhamos sido os maus profetas e a História deu-nos uma boa lição.

euronews – Onde estava a noite do 9 de Novembro de 1989? Como viveu essa noite? Que recordações tem?

M.G. – Estava em Moscovo e, como era noite estava a dormir.
Foi o nosso embaixador que me telefonou, de madrugada, a informar. E eu respondi que tínhamos de aceitar porque os alemães já tinham aberto algumas brechas no Muro. ..e como
isso não era suficiente acabaram por derrubá-lo.

Durante os três primeiros dias, três milhões de pessoas passaram o muro nos dois sentidos. Não era difícil compreender essa nação separada durante 40 anos, quando as pessoas não podiam por exemplo ver as famílias, aquilo era um drama…
Acho que devemos dizer bravo aos homens políticos dessa época. Certamente houve muitas dúvidas, discussões muito violentas.
O senhor Miterrand, por exemplo, dizia que gostava tanto dos alemães que duas Alemanhas seriam melhores do que uma!
A senhora Thatcher também não queria a reunificação. E tive a impressão, e não só eu, que eles queriam impedir a reunificação mas que fosse Gorbachev a tomar a decisão. Eu disse que não, que nem pensar, porque não achava justo.
Nós reagimos como a situação nos obrigou, e também com responsabilidade, devido a tudo o que se estava a passar na Europa e no resto do mundo.

euronews – Depois de passar mais de um ano na presidência, um golpe de Estado obrigou-o a demitir-se em 1991. Logo depois a União Soviética desapareceu. Porque falhou o projecto?

M.G. – Antes do mais, não estou de acordo com a conclusão de fracasso do nosso projecto.
Pelo contrário, foi um sucesso tal que as reformas democráticas puderam começar na União Soviética. Depois da desintegração, a Rússia de hoje continua a desenvolver-se, a economia de mercado e o pluralismo em diferentes áreas como a política, as ideologias, a religião, etc.
Mais ainda, hoje podemos ver como resultado dessas mudanças, que já nada pode obrigar o país a fazer marcha atrás, apesar de a Perestroika ter sido interrompida à força.
Portanto a Perestroika ganhou, e sobre isto, a minha opinião é diferente da sua. Fui eu quem perdeu como homem político… mas isso acontece.
Também devo dizer, que durante todas essas mudanças não houve derramamento de sangue ou quase. Infelizmente houve algumas vítimas mas pudémos evitar um banho de sangue.
E essa é mais uma vitória da Perestroika.

euronews – Cometeu algum erro?

M.G. – Sim, cometemos muitos erros. Demorámos a fazer a reforma do Partido Comunista e a reforma da União Soviética. Não fomos capazes de ver a tempo os grandes problemas sociais. Quando a população começou a ganhar melhor, o mercado não tinha capacidade de lhe fornecer os produtos de consumo. Havia filas de espera enormes…
Estou de acordo com os que pensam que ,neste sentido, os mestres da Perestroika fizeram erros.

Mas isto não anula o facto de que a Perestroika teve um papel decisivo na Rússia, na Europa e no resto do mundo porque foi graças a ela que se produziram mudanças na Europa Central e do Leste. Foi a Perestroika que deu lugar ao desarmamento e a muitas outras coisas.

Retomámos as relações com a China. Trinta anos de hostilidades deram o lugar a uma amizade intensa. Sem falar do feito com os Estados Unidos estabelecemos uma relação de verdadeiros parceiros.

euronews – Senhor Gorbachov, o senhor passa à história como um herói para uns como o responsável de um desastre para outros. Com que parte da história fica?

M.G. – É normal. As conclusões das pessoas são o resultado da compreensão que têm das coisas. Tenho certeza de que a história de hoje e a do futuro vão desenvolver-se sob influência das ideias e dos projectos da Perestroika. Provavelmente o que digo não é muito modesto mas eu não fui o único responsável da Perestroika. Antes de mim, as forças progressistas começaram a trabalhar na União Soviética, depois isso propagou-se a outros povos, como aos dos países do Pacto de Varsóvia. As relações com os maiores países ocidentais mudaram.
Hoje tenho a consciência tranquila......"
Fonte: Euronews

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Golfinho Calderon


Este é o "terrível" animal que os bárbaros Dinamarqueses adoram matar

Matança de Gofinhos na Dinamarca!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pensava o Ponto de Encontro até há pouco tempo que a Dinamarca era um País desenvolvido economica e CULTURALMENTE..engano.....engano...que desilusão....que barbaridade...que primitivismo...sem palavras.





"...Que vergonha esta triste cena.
Por incrível que pareça, este espectáculo mantém-se em Dantesque, Ilhas Faroe (Dinamarca). Um país supostamente civilizado e, ainda por cima, membro da União Europeia.
Para muita gente, este ataque à vida passa despercebido, como um costume para “mostrar” a passagem à idade adulta. É de uma atrocidade absoluta.
Ninguém mexe uma palha para acabar com esta barbaridade contra os”Calderon”, um golfinho inteligente e tranquilo que se aproxima dos homens demonstrando amizade.
Faz com que esta atrocidade seja conhecida e que, como é desejável, acabe de vez....."
COLOQUEM NOS VOSSOS BLOGUES IMAGENS DESTE MASSACRE..QUE CIRCULEPOR TODA A BLOGOSFERAAAAAAA

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Exposição em Ilhavo de Ângelo de Sousa

Centro Cultural de Ilhavo-OUTUBRO | SAB 31 às 18:00


Ângelo de Sousa nasceu em 1938, em Moçambique. Chega ao Porto, cidade onde vive e trabalha, em 1955, para estudar pintura na Escola Superior de Belas Artes.Entre os anos de 1967 e 1968, enquanto bolseiro do British Council, frequentou a Saint Martin’s School of Fine Art em Londres. Ao longo da sua carreira, tem utilizado variadas técnicas e suportes, nomeadamente o desenho, a escultura, a pintura, a fotografia e o filme. Desde 1959, expõe a sua obra, tanto de forma individual como colectiva, destacando-se as duas grandes retrospectivas emSerralves, em 1993 e 2001, e a grande retrospectiva de desenho no CAMJAP, em 2003. No estrangeiro, distinguem-se as suas participações na XIII Bienal de São Paulo, em 1975, onde foi premiado, e na Bienal de Veneza, em 1978 e 2008. No ano de 2007 recebeu o primeiro Prémio Gulbenkian na categoria "Arte".

8.º Aniversário da ampliação e remodelação do Museu Marítimo de Ílhavo


Programa
21 de Outubro
: 9h30-18h | Dia Aberto
23 de Outubro
: 9h30-18h30 | Colóquio “Falas do Mar/Falas da Ria”. org: Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (Univ. Nova de Lisboa), Centro de Estudos Interculturais (Instituto Politécnico do Porto) e Museu Marítimo de Ílhavo
24 de Outubro
: 17h | Sessão comemorativa
Inauguração da exposição de desenho e poesia “Odes Marítimas: Pomar e Pessoa”

18h30 | Palestra Humanismo cívico e horizontes universais em Camões, pelo Prof. Doutor José Carlos Seabra Pereira (Univ. de Coimbra). org: Confraria Camoniana de Ílhavo - Associação

Afundamento misterioso na Ganha da Nazaré


Foto: Porto de Pesca antigo na Lota de Aveiro

Gafanha da Nazaré: Mistério no afundamento da traineira “Manuel Eugénia”
Mesmo depois de uma primeira inspecção, ainda não se sabe o que causou o afundamento da traineira “Manuel Eugénia” no Porto de Pesca Costeira
Após uma primeira inspecção ao “Manuel Eugénia”, traineira que se afundou anteontem à noite, não foi possível descortinar a causa do incidente. A Capitania do Porto de Aveiro, através do capitão Coelho Gil, fala em “mistério, porque após repor a flutuabilidade da embarcação, esta foi de imediato inspeccionada mas não se encontrou nada que ajude a explicar o sucedido”.
A embarcação de pesca afundou-se anteontem à noite, no Porto de Pesca Costeira, na Gafanha da Nazaré, sem motivo aparente. “Ainda há muito óleo no fundo, o que impediu uma observação mais eficaz, mas para já é no mínimo bizarro o que aconteceu”, acrescentou o capitão.
A embarcação “Manuel Eugénia”, de Vila do Conde, afundou cerca das 21.40 horas de domingo, pouco depois de acostar regressada de mais uma jornada de pesca.
Três dos dez homens que compõem a sua tripulação entraram no barco pouco depois das 21.30 horas, mas este começou a adornar muito rapidamente, afundando de seguida. Os pescadores fugiram para terra e o afundamento causou apenas danos materiais.
A Capitania do Porto de Aveiro, alertada para o incidente, activou de imediato procedimentos de segurança e meios para acautelar eventual foco de poluição na zona causado pelo derrame de gasóleo.

Fonte : Diário de Aveiro

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Rivalidade" entre Aveirenses e Ilhavenses



Ilhavenses e Aveirenses não percam

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Maitê Proença inspira-se em Sousa Tavares para gravar vídeo onde goza portugueses




".....Maitê Proença surge num vídeo, filmado em Portugal, a ridicularizar os portugueses, a quem chama “esquisitos” e acusa de não perceberem nada de computadores.
Esta imagem dos portugueses, deve-se ao facto de ser “amiga íntima” de Miguel Sousa Tavares, um ser rude, ríspido e barbudo que “olha para um ‘máuzí’ do computador como se olhasse para uma capivara”, parafraseando a actriz no vídeo.

O escritor e jornalista Miguel Sousa Tavares, a quem se atribuiu um romance com a actriz, já saiu em sua defesa, segundo avançou o jornal Correio da Manhã.
“Isto é uma reacção provinciana e saloia dos portugueses. Somos um povo sem capacidade de humor e autocrítica. Há algum português que vá ao Brasil e não goze?”, questiona o escritor.
“Só um povo com complexos é que se sente melindrado com uma coisa destas. Não temos de estar sempre a ser elogiados como se fossemos um povo exemplar”, acrescentou Sousa Tavares ao Correio da Manhã......"aghhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
NOTA:ESTE Aghhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh é do Ponto de Encontro

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Salinas em Aveiro



Fotos:Ponto de Encontro
Durante muitos anos, as marinhas de sal foram uma das principais imagens de marca da região de Aveiro, quer pela importância que assumiam em termos económicos quer pela própria paisagem peculiar que proporcionavam, e que tantas vezes foi retratada por pintores e fotógrafos. Na década de 80, o número de marinhas de sal em Aveiro ascendia a 275. Actualmente, restam apenas oito para manter viva a actividade e a tradição do salgado aveirense.

Ponto de Encontro com Diana Krall no Campo Pequeno



Foi uma noite de sábado inesquecível no Campo Pequeno, com uma cantora magnífica e uma pianista fabulosa numa só: Diana Krall.
A artista privilegiou o seu último disco, ‘Quiet Nights’, com ‘Corcovado’, ‘Walk on By’, ‘The Boy from Ipanema’ (no encore) e ‘Samba de Verão’. Mas os pontos mais altos foram ‘Cheek to Cheek’, ‘Let’s Face the Music and Dance’, ‘Frim Fram Sauce’, ‘I’m Gonna Write Myself a Letter’, esta em estreia.
Impressionante foi a sua destreza nos solos de piano, com acordes, harmonias e arranjos a demonstrarem maturidade. Anthony Wilson (guitarra), Ben Wolfe (contrabaixo) e Karriem Riggins (bateria) completaram o quarteto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

OBAMA..Prémio Nobel da PAZ????????JÁ?????


Já????????????????????e ele fez o quê??????????????



Ai Dr. Fernando Nobre (Presidente da AMI) que injustiça........mas sabe nós somos "pikenos". Este é um exemplo de entre tantos que trabalham pela PAZ e nada de receber estas comendas .......

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Prémio Nobel da Literatura 2009


O Prémio Nobel da Literatura 2009 foi entregue a Herta Müller, romancista alemã nascida na Roménia em 1953. Segundo a Academia sueca a escritora foi recompensada "por ter com a densidade da poesia e a franqueza da sua prosa descrito o universo dos deserdados".

O editor da romancista, Michael Krüger, afirmou que "com Herta Müller foi distinguida uma autora que cresceu entre a minoria alemã na Roménia e 20 anos depois do fim do conflito leste-oeste persiste em lembrar as facetas desumanas do comunismo".Conhecida pelas suas obras que descrevem a vida sob o regime do ditador romeno Ceaucescu, Herta foi premiada pela "concentração da poesia e a objectividade da prosa, desenhando paisagens do abandono" de acordo com as justificações da Academia.
Nascida a 17 de Agosto de 1953, na aldeia de língua alemã de Nitzkydorf, na Roménia, emigrou em 1987 para a Alemanha com o seu marido, o escritor Richard Wagner, porque era proibida de publicação dos seus escritos na Roménia onde criticava abertamente o regime.
As suas novelas "A raposa já foi caçador", "Herztier" e "La convocation" dá detalhes de "uma imagem da vida diária passada numa ditadura petrificada", precisa a Academia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Amália Rodrigues...10 anos




Filha de um músico sapateiro que, para sustentar os quatro filhos e a mulher, tentou a sua sorte em Lisboa. Amália terá nascido, segundo o seu assento de nascimento, às cinco horas de 23 de Julho de 1920 na rua Martim Vaz, na freguesia lisboeta da Pena. Amália pretendia, no entanto, que o aniversário fosse celebrado a 1 de Julho ("no tempo das cerejas"), e dizia : Talvez por ser essa a altura do mês em que havia dinheiro para me comprarem os presentes. Catorze meses depois, o pai, não tendo arranjado trabalho, volta com a família para o Fundão. Amália fica com os avós na capital.
A sua faceta de cantora cedo se revela. Amália era muito tímida, mas começa a cantar para o avô e os vizinhos, que lhe pediam. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar.
Aos 9 anos, a avó, analfabeta, manda Amália para a escola, que tanto gostava de frequentar. Contudo, aos 12 anos tem que interromper a sua escolaridade como era frequente em casas pobres. Escolhe então o ofício de bordadeira, mas depressa muda para ir embrulhar bolos.
Aos 14 anos decide ir viver com os pais, que entretanto regressam a Lisboa. Mas a vida não é tão boa como em casa do avós. Amália tinha que ajudar a mãe e aguentar o irmão mais velho, autoritário.
Aos 15 anos vai vender fruta para a zona do Cais da Rocha, e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera, em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabaria por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.
Conhece nessa altura o seu futuro marido, Francisco da Cruz, um guitarrista amador, com o qual casará em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália acaba por recusar esse convite, e depois adiar a resposta, e só em 1939 irá cantar nessa casa.
[editar] Uma carreira que começa
Estreia-se no teatro de revista em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. No meio teatral encontra Frederico Valério, compositor de muitos dos seus fados.
Em 1943 divorcia-se a seu pedido. Torna-se então independente. Neste mesmo ano actua pela primeira vez fora de Portugal. A convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira, canta em Madrid.
Em 1944 consegue um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpreta o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em Setembro, chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tem já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção é de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongará por 4 meses. É convidada a repetir a tournée, acompanhada por bailarinos e músicos.
É no Rio de Janeiro que Frederico Valério compõe um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Grava discos, vendidos em vários países, motivando grande interesse das companhias de Hollywood.
Em 1947 estreia-se no cinema com o filme Capas Negras, o filme mais visto em Portugal até então, ficando 22 semanas em exibição. Um segundo filme, do mesmo ano, é Fado, História de uma Cantadeira.

Amália é apoiada por artistas inovadores como Almada Negreiros e António Ferro. Esse que a convida pela primeira vez a cantar em Paris, no Chez Carrère, e a Londres, no Ritz, em festas do departamento de Turismo que o próprio organiza.
A internacionalização de Amália aumenta com a participação, em 1950, nos espectáculos do Plano Marshall, o plano de "apoio" dos EUA à Europa do pós-guerra, em que participam os mais importantes artistas de cada país. O êxito repete-se por Trieste, Berna,Paris e Dublin (onde canta a canção Coimbra, que, atentamente escutada pela cantora francesa Yvette Giraud, é popularizada por ela em todo o mundo como Avril au Portugal).
Em Roma, Amália actua no Teatro Argentina, sendo a única artista ligeira num espectáculo em que figuram os mais famosos cantores de música clássica.
Em Setembro de 1952 a sua estreia em Nova Iorque fez-se no palco do La Vie en Rose, onde ficou 14 semanas em cartaz.
Ainda nos Estados Unidos, em 1953 canta pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher patrocinado pela Coca-Cola, que teve que beber e de que não gostara nada. Grava discos de fado e de flamenco. Convidam-na para ficar, mas não fica por que não quer.
Nos EUA editou o seu primeiro LP (as gravações anteriores eram em discos de 78 rotações). Amalia Rodrigues Sings Fado From Portugal and Flamenco From Spain, lançado em 1954 pela Angel Records, assinala a sua estreia no formato do long-play, a 33 rotações, criado apenas seis anos antes e, na época, ainda longe de conhecer a expressão de mercado que depois viria a conquistar. O álbum, que seria editado em 1957 em Inglaterra e, um ano depois, em França, nunca teve prensagem portuguesa.
Amália dá ao fado um fulgor novo. Canta o repertório tradicional de uma forma diferente, sincretizando o que é rural e urbano.
Canta os grandes poetas da língua portuguesa (Camões, Bocage), além dos poetas que escrevem para ela (Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, O’Neill). Conhece também Alain Oulman, que lhe compõe várias canções.
O seu fado de Peniche é proibido por ser considerado um hino aos que se encontram presos em Peniche, Amália escolhe também um poema de Pedro Homem de Mello Povo que lavas no rio, que ganha uma dimensão política.
Em 1961, casa-se com o seu segundo marido, o engenheiro brasileiro César Seabra, com quem fica até à morte deste, em 1997.
Em 1966, volta aos Estados Unidos, actuando no Lincoln Center, em Nova Iorque, com o maestro Andre Kostelanetz frente a uma orquestra, num programa essencialmente feito de canções do folclore português numa das noites e num outro, feito de fados (também com orquestra), na seguinte.
O mesmo espectáculo foi encenado, dias depois, no Hollywood Bowl.
Voltaria ao Lincoln Center em 1968.
Ainda em 1966, o seu amigo Alain Oulman é preso pela PIDE. Amália dá todo o seu apoio ao amigo e tudo faz para que seja libertado e posto na fronteira.
Em 1969, Amália é condecorada pelo novo presidente do conselho, Marcelo Caetano, na Exposição Mundial de Bruxelas antes de iniciar uma grande digressão à União Soviética.
Em 1971, encontra finalmente Manuel Alegre, exilado em Paris.
Em 1974 grava o álbum Encontro - Amália e Don Byas com o saxofonista Dob Byas.
[editar] Amália após o 25 de Abril
Na chegada da democracia são-lhe prestadas grandes homenagens. É condecorada com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República, Mário Soares. Ao mesmo tempo, atravessa dissabores financeiros que a obrigam a desfazer-se de algum do seu património.
Em 1990, em França, depois da Ordem das Artes e das Letras, recebe, desta vez das mãos do presidente Mitterrand, a Légion d'Honneur.
Ao longo dos anos que passam, vê desaparecer o seu compositor Alain Oulman, o seu poeta David Mourão-Ferreira e o seu marido, César Seabra, com quem era casada há 36 anos.
Em 1997 é editado pela Valentim de Carvalho o seu último álbum com gravações inéditas realizadas entre 1965 e 1975 (Segredo). Amália publica um livro de poemas (Versos). É-lhe feita uma homenagem nacional na Exposição Mundial de Lisboa (Expo 98).
Em Abril de 1999, Amália desloca-se pela última vez a París, sendo condecorada na Cinemateca Francesa, por os muitos espectáculos que deu naquela cidade e, dever-se a ela o facto da França começar a apreciar o Fado. Já ligeiramente debilitada, agradeceu aos franceses o facto de se ter começado a projectar no mundo, pois era a partir de França que os seus discos começaram a espalhar-se.
A 6 de Outubro de 1999, Amália Rodrigues morre, em sua casa, repentinamente, ao início da manhã, com 79 anos, poucas horas depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. Imediatamente, o então primeiro-ministro, António Guterres, decreta Luto Nacional por três dias. No seu funeral centenas de milhares de lisboetas descem à rua para lhe prestar uma última homenagem. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa. Dois anos depois, em Julho de 2001, o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa. (após pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de quatro anos antes da trasladação), onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade.
Sabe-se então que Amália, vista por muitos como um dos Fs da ditadura ("Fado, Fátima e Futebol"), colaborara economicamente com o Partido Comunista Português quando este era clandestino. Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio de Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres, de Madrid a Paris (onde actuou tantas vezes no prestigiosíssimo Olympia).Propagou a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o fado.
Fonte: Wikipédia

domingo, 4 de outubro de 2009

Ponto de Encontro está preocupado

Fonte: Blogue do Portugal Profundo

Parabéns...Brasil 2016


"......O Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A decisão histórica de levar a maior competição esportiva do planeta para a América do Sul pela primeira vez foi anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional nesta sexta-feira, dia 2 de outubro, durante a 121ª Assembléia da entidade, realizada em Copenhague, na Dinamarca. Na disputa, considerada a mais acirrada de todos os tempos, o Rio superou Chicago (Estados Unidos), Madri (Espanha) e Tóquio (Japão).A vitória do Rio de Janeiro foi de goleada: 66 a 32 na rodada final contra Madri. Chicago foi eliminada na primeira rodada, com 18 votos (contra 28 de Madri, 26 do Rio e 22 de Tóquio). A candidata japonesa foi a segunda a sair da disputa, com 20 votos (contra 46 do Rio e 29 de Madri). O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, agradeceu aos representantes dos três níveis de governo – o presidente Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. “O COI tomou uma decisão histórica. Tenho muito a agradecer. Mas não estou apenas orgulhoso dos representantes dos três níveis de governo. Estou emocionado de ver como eles entenderam o que estes Jogos Olímpicos representam para o Rio e para o Brasil”, disse Carlos Arthur Nuzman.O presidente do COI, Jacques Rogge elogiou as quatro cidades finalistas e parabenizou o Rio de Janeiro. “Escolher entre quatro cidades excelentes é difícil, mas muito bonito. Quero dar parabéns ao Rio de Janeiro. A escolha traz uma mensagem clara. É importante levar os Jogos para a América do Sul pela primeira vez”, disse Rogge.A decisão histórica levou às lágrimas o presidente Lula. E a atitude do presidente emocionou autoridades e jornalistas que participaram da coletiva realizada após a eleição. “Chorei na coletiva porque não tive coragem de chorar durante a apresentação. Já passei por tantas coisas, vi tantas personalidades e, de repende, eu era o mais emocionado. O ser humano precisa de desafios e o Brasil precisava desses Jogos Olímpicos. A gente só precisava de uma oportunidade para mostrar que somos uma grande nação. É o dia mais emocionante da minha vida. Sinto um orgulho ainda maior de ser brasileiro. O Rio merece. O Brasil merece. O povo brasileiro merece”, disse Lula. Antes da votação, a candidatura do Rio de Janeiro emocionou os integrantes do COI na apresentação final. A paixão dos brasileiros pelo esporte e a alegria com que os cariocas recebem visitantes de todo o mundo foram traduzidas com trilha sonora, vídeos e discursos inspirados. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o governador Sérgio Cabral; o prefeito Eduardo Paes; o ex-presidente da Fifa e membro decano do COI, João Havelange, o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; o secretário geral Carlos Roberto Osório; e a iatista Isabel Swan reforçaram os pilares dos Jogos Rio 2016 – excelência técnica, poder de transformar a cidade e o país, agregar valor ao Movimento Olímpico e proporcionar uma experiência única para todos os envolvidos.Os Jogos Rio 2016 serão os Jogos Olímpicos da celebração da transformação. O evento aproveitará ao máximo a paisagem natural da cidade, a experiência em eventos de grande porte e a hospitalidade dos cariocas para organizar uma festa que empolgará o mundo inteiro. Além do legado de instalações esportivas e do programa de voluntários, o projeto Rio 2016 propõe iniciativas para desenvolver o esporte no Brasil, na América do Sul e no mundo. Para o Movimento Olímpico e Paraolímpico, será a porta para um continente novo e jovem, com 400 milhões de habitantes. “O mais importante foi que essa decisão colocou o Rio de Janeiro no lugar que merece, como uma cidade global, extraordiária, que encantará pessoas de todo o mundo. Foi uma decisão histórica e entregaremos o que o COI quer: jogos com emoção, paixão e celebração. O Movimento Olímpico decidiu mirar o futuro, apostar na juventude”, disse Carlos Roberto Osório, secretário geral da candidatura Rio 2016. Os Jogos Rio 2016 serão um evento compacto e de excelência técnica. Esporte, cultura e educação estarão integradas com as atividades da cidade. Legados sociais e esportivos estão garantidos pelo trabalho conjunto com os três níveis de governo. Os Jogos Rio 2016 serão um catalisador do progresso esportivo e social para comunidades do Brasil e de todo o mundo......"
Fonte: Blogue Brasil 2016

Nana Caymmi no Ponto de Encontro


Porque hoje é domingo...porque o dia está lindo....porque gosto da Nana Caymmi.....porque amanhã é segunda e não trabalho..porque ...sim...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vindimas na Bairrada II (a pedido de várias famílias)




Ora sim senhora que rico par de Engenhêros " A Ber" se o champanhe "Taba" fresquinho

Carmencita..que bonita ...cortando las uvitas...



Os Três Mosqueteiros

Leonor ..apronta-se para pisar os baguitos

A Condessa e a dona das Caves.....lindas

O dois únicos cachitos que apanhei.....

A Lena...com a Alda ao fundo...no meio da selva ..qual Jane

domingo, 27 de setembro de 2009

Romaria Centenária da Nossa Senhora da Saúde na Costa Nova




O Marintimidades sempre presente neste evento da Costa Nova à varanda da casa que tantos eventos cntemplou.

Choque entre dois barcos na ria de Aveiro faz três mortos


Como é possível que na Pacífica Ria de Aveiro possa ocorrer uma tragédia destas?Isto deve ser um sinal de alerta às autoridades marítimas para intensificarem a velocidade com que essas pequenas embarcações que transportam pescadores andem mais devagar..os clientes esperam..não tenham pressa que a vida termina num minuto que o diga a pobre criança que esperava ter um dia de pesca maravilhoso com os seus familiares...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dia Mundial do Mar


".....Metade da minha alma é feita de maresia..."
"...Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto ao Mar..."
Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ponto de Encontro foi às Vindimas na Bairrada



Tacho com arroz de cabidela


O Famoso Bicho


Paulinha e sobrinhita as corajosas.....








O doutor veio de Coimbra cheio de vontade.....


O dono...suspira de contente. Não teve de pagar jorna e ainda mais a Doutores....


A Condessa...linda


Este Domingo foi dia de Festa para o Ponto de Encontro em honra de Baco.
Convidada pelos proprietários das Caves Barrocão, fui fazer parte de um grupo enorme de amigos que tinham como missaõ: apanhar as uvas de uma vinha à volta das Caves, pisar as ditas cujas descalça, fazer uma reportagem fotográfica e comer um leitão assado (só cumpri as duas últimas tarefas ehehehehehehh).
Mas que foi um dia bem passado ...foi.