domingo, 23 de outubro de 2011

O Ponto de Encontro dá as boas vindas....À CHUVA

O maravilhoso túmulo da Princesa Santa Joana de Aveiro














No dia 23 de Outubro de 1771, os restos mortais de Santa Joana foram trasladados para o túmulo desenhado por João Antunes. Monsenhor João Gaspar assinala com este texto o tricentenário de um acontecimento marcante na então vila de Aveiro.
Em 1595-1597 e em 1599-1602, exerceu o cargo de prioresa do Mosteiro de Jesus, em Aveiro, a madre Inês de Jesus ou de Noronha, senhora activa, disciplinadora, renovadora e empreendedora. A sua nobreza de carácter não lhe consentiu que os despojos da Princesa D. Joana continuassem guardados em modestíssima osteoteca, embora patente no meio do coro de baixo, para onde haviam sido transferidos à volta do ano de 1578, depois de exumados da campa rasa. Por 1602-1603, o caixão interior, que continha as relíquias, foi encerrado noutro cenotáfio, de forma sepulcral, de maior grandeza e artifício, além do material ser mais condigno – ébano, coberto e ornado por marchetes de bronze dourado. O ataúde, ostentando o brasão da Princesa, foi colocado no mesmo lugar, agora sobre um supedâneo de pedra de Outil, e cercado de grades torneadas, com semelhantes ornatos de bronze.
Decorrido pouco mais de um século, após um minucioso processo canónico nas respectivas instâncias da Santa Sé, o papa Inocêncio XII, em 04 de Abril de 1693, mandou publicar o breve da beatificação equipolente “Sacrosancti Apostolatus cura”; por tal documento foi oficialmente confirmado o culto imemorial de Santa Joana. Na sequência do faustoso acontecimento, logo sucederam celebrações festivas em vários lugares. O Paço Real, em Lisboa, por ordem de el-rei D. Pedro II, foi dos primeiros a dar exemplo. Em Junho, no Mosteiro de Jesus, D. João de Melo, bispo de Coimbra, que apelidava a Princesa como a “sua Santa”, celebrou Missa pontifical, prometendo participar nas solenidades da beatificação, que viriam a realizar-se no ano seguinte de 1694. E assim aconteceu. De Coimbra vieram a Aveiro os cantores da Capela da Catedral para o oitavário, que culminou, em 12 de Maio, com a faustosa celebração da Eucaristia e com uma imponente procissão; nesta foi levada a primeira imagem da Santa Princesa, em bela escultura em madeira, para a qual se levantou um sumptuoso altar lateral no interior da igreja de Jesus.
D. Pedro II, após a beatificação de Santa Joana, ordenou a renovação e o aformoseamento do coro de baixo do Mosteiro, onde os seus restos mortais haviam sido sepultados, e mandou que se fizesse um túmulo condigno, a fim de se substituir o anterior. Para a sua concepção, foi escolhido o notável arquitecto lisbonense da Casa Real, João Antunes (1643-1712), cujos honorários foram pagos pelo próprio monarca. A obra, iniciada em 1698, terminou em 1709. No essencial, o sepulcro, assente sobre um bloco de pedra, é uma arca rectangular com base e cornija, cuja separação é feita nos extremos das faces por mísulas alongadas e finamente trabalhadas. São vários os elementos decorativos e os símbolos religiosos, que enriquecem o mausoléu em cada uma das quatro faces, como a cruz, a coroa de espinhos, a palma, o lírio, as flores e as ramagens. Em baixo e aos cantos, quatro querubins, alados e de braços erguidos, seguram-na e transportam-na ao céu e a fénix, no centro, aponta o renascer «ex cínere»; como remate superior emerge, também suportado por anjos, o brasão português, encimado pela coroa real, entre volutas. Magnífico e admirável exemplar de entalhados multicolores de mármore, embutidos com suma delicadeza e perfeição, é no seu género uma peça incomparável no embrechado, equilibrada no desenho e adequada ao barroco nacional.
Foi o bispo de Coimbra, D. António de Vasconcelos e Sousa, quem, no dia 10 de Outubro de 1711 procedeu ao reconhecimento canónico das relíquias de Santa Joana, entre mostras de muita piedade. Nos dias seguintes, houve tríduo de Missas, pregações e festas. No dia 23, após a Missa pontifical do prelado, realizou-se um magnífico cortejo, com danças, charamelas e trombetas, que deu volta ao claustro conventual e percorreu algumas artérias da vila de Aveiro, passando junto à secular igreja matriz de S. Miguel e defronte da Casa da Câmara Municipal e parando, durante uns instantes, no Convento de S. João Evangelista, das irmãs carmelitas. À frente iam os frades dominicanos, provenientes de várias partes, depois os carmelitas, os franciscanos e muitos eclesiásticos e nobres; ao todo, perto de quinhentos clérigos, por ter o bispo ordenado que concorressem os das freguesias circunvizinhas. Logo após, alçava-se a cruz da Sé, sob a qual os cantores de Coimbra e os músicos da Capela Real, solicitados de Lisboa pelo prelado, entoavam salmos e hinos; os membros do Cabido caminhavam com solenidade incomum. Conduzido debaixo do pálio, a cujas varas pegavam seis cavaleiros do hábito de Cristo, o riquíssimo andor com as relíquias era levado pelos abades mitrados dos mosteiros beneditinos de Santo Tirso e de Coimbra e dos cistercienses de Seiça e do Espírito Santo ou de S. Paulo de Coimbra, por não haver bispos disponíveis nas Dioceses limítrofes. À passagem, a Infantaria militar, em duas alas ao longo das ruas, salvava com repetidas descargas. Atrás, seguia o antístite, com os seus acólitos, o Senado Municipal e uma tão grande multidão de pessoas que as Justiças não podiam conter. Recolhida a procissão no Mosteiro de Jesus, colocou-se o caixão dentro do túmulo, que logo se fechou.
Posteriormente, o sétimo duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão, por escritura lavrada em 03 de Janeiro de 1733, doou e mandou entregar à prioresa do Mosteiro de Jesus cinco candelabros de prata para serem colocados junto do sepulcro da Santa Princesa e neles se acenderem velas. Tais lampadários substituíram os quatro candelabros de cristal que, algum tempo antes, ofertara o mesmo devoto para idêntico fim. Conforme o teor do documento notarial, os candelabros de prata eram lavrados a cinzel; o maior tinha duas ordens de luzes (seis luzes a de cima e doze a de baixo); outros três tinham uma ordem de doze luzes; e o mais pequeno tinha uma ordem de seis luzes. Em 1808, «esta preciosidade artística foi levada ou, para melhor dizer, roubada pelos franceses» – informa o aveirógrafo Marques Gomes.
No decorrer da história milenar do nosso burgo, este facto significa um acontecimento marcante, singularmente vivido em 23 de Outubro de 1711 com ‘pompa e circunstância’. Na ocorrência do seu terceiro centenário, nós não poderíamos deixar de assinalá-lo num sentido de gratidão à celeste Padroeira de Aveiro que – como ela prometeu antes de falecer - «eu hei-de lembrar-me desta Casa e da Vila, onde quer que a minha alma estiver».


Fonte: Blogue "Pela Positiva"

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

De Cubatãoa Aveiro em Veleiro....




















O jornal O PONTO associa-se a esta “epopeia” publicando as façanhas da viagem deste filho da terraJoão Jorge Peralta, 75 anos, é natural de Lombomeão, Vagos. Estudava em Aveiro, quando emigrou para o Brasil com a mãe e os 7 irmãos em 1956, seguindo o pai que emigrara em 1951 para Cubatão, estado de São Paulo. Dentro de dias largará no seu veleiro TRIUNFO para a travessia do Atlântico – um retorno do filho pródigo à terra-mãe. A família desempenhou durante muitos anos um papel importante no desenvolvimento da região que os acolheu: João foi Secretário Municipal da Educação, Cultura e Desporto e uma avenida de Cubatão, cidade geminada com Aveiro, tem o nome do patriarca da família, Joaquim Jorge Peralta. Aposentado do ensino secundário e superior desde 2008, João Peralta dedicou ultimamente muito do seu tempo a navegar pela costa brasileira, visitando os recantos mais notáveis do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, investigando sobre a história social e económica da era colonial e sobre o património histórico luso-brasileiro. A travessia do Atlântico num barco à vela, da cidade que o acolheu até à terra donde partiu era, desde há muitos anos, um sonho que ambicionava realizar. A oportunidade e a motivação surgiram no momento certo, do encontro com um companheiro dos tempos da mocidade.António de Abreu Freire, 68 anos, nasceu no Bunheiro, Murtosa e estudou na mesma instituição frequentada por João Peralta, sendo companheiro de turma de José, irmão de João. O seu percurso académico passou por climas da Europa, do Canadá e também pelo Rio de Janeiro entre 1964/68, mas sem notícias dos companheiros dos anos 50. Não souberam uns dos outros durante 44 anos, até ao ano 2000, quando Abreu Freire comandava um veleiro-escola com universitários portugueses na regata comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil. No Rio soube que João Peralta construía então, longe no sul, um veleiro com o qual desejava regressar à sua terra na Ria de Aveiro. Pelo lançamento do Diário de Bordo da viagem comemorativa, em 2001, Abreu Freire e os irmãos Peralta reencontraram-se em São Paulo.Em 2007/2008 Abreu Freire realizou o Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania, uma viagem a bordo de um veleiro pelos espaços da vida do padre António Vieira, de que resultaram várias publicações, uma exposição e um documentário filmado. João e José Peralta foram grandes suportes materiais e morais numa empreitada difícil e complicada que resultou em sucesso. Juntando a experiência de um veterano de 14 travessias à vela do Atlântico ao desejo de um emigrante de regressar à terra no seu veleiro, todos os ingredientes se encontravam disponíveis para criar mais um momento alto das suas vidas. E tem ainda outras razões que motivam esta travessia: neste ano de 2011 a família de João Peralta comemora os 100 anos do nascimento dos seus pais e em Janeiro de 2012 comemoram-se os 400 anos da fundação do estado do Ceará e da cidade de Fortaleza, obra de um alentejano de Santiago do Cacém, Martim Soares Moreno, um dos grandes heróis da unidade do Brasil, um dos “pais da pátria”, cuja história merece ser divulgada. Ele inspirou o personagem Martim do romance Iracema de José de Alentar e é personagem de primeiro relevo na história comum de ambos os países.João Peralta e Abreu Freire zarparão de Cubatão a bordo do Triunfo dentro de dias e farão escala em Salvador da Bahia, Recife, Natal, Recife, Fortaleza e São Luís do Maranhão. Em todas estas escalas será lembrado Martim Soares Moreno que aqui combateu os intrusos franceses e holandeses durante 45 anos, entre 1603 e 1648. Do Maranhão terá lugar a grande travessia de mais de 2.500 milhas com destino aos Açores e de lá navegarão para Sevilha, onde o herói do Ceará veio procurar reforços para a luta no nordeste. A escala em Sines, o porto mais próximo da terra natal de Martim Soares Moreno será em Dezembro, para terminar a viagem na Ria de Aveiro antes do solstício do Inverno. Mas para além de todas as razões que possam justificar esta travessia, tem uma só que é mesmo a que conta: nós queremos fazer de um espaço mais vasto o arraial das nossas utopias. Dizia o grande pregador padre António Vieira que os portugueses sempre tiveram pouca terra para nascer, o mundo inteiro para viver e morrer. Serão cerca de 6000 milhas de oceano, durante três meses da nossa vida, que pretendemos partilhar com os amigos e leitores do jornal O PONTO. Graças à Internet e telefone por satélite, manteremos contacto em tempo real com os nossos leitores e com os ouvintes da Rádio VAGOS FM duraO jornal O PONTO associa-se a esta “epopeia” publicando as façanhas da viagem deste filho da terraJoão Jorge Peralta, 75 anos, é natural de Lombomeão, Vagos. Estudava em Aveiro, quando emigrou para o Brasil com a mãe e os 7 irmãos em 1956, seguindo o pai que emigrara em 1951 para Cubatão, estado de São Paulo. Dentro de dias largará no seu veleiro TRIUNFO para a travessia do Atlântico – um retorno do filho pródigo à terra-mãe. A família desempenhou durante muitos anos um papel importante no desenvolvimento da região que os acolheu: João foi Secretário Municipal da Educação, Cultura e Desporto e uma avenida de Cubatão, cidade geminada com Aveiro, tem o nome do patriarca da família, Joaquim Jorge Peralta. Aposentado do ensino secundário e superior desde 2008, João Peralta dedicou ultimamente muito do seu tempo a navegar pela costa brasileira, visitando os recantos mais notáveis do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, investigando sobre a história social e económica da era colonial e sobre o património histórico luso-brasileiro. A travessia do Atlântico num barco à vela, da cidade que o acolheu até à terra donde partiu era, desde há muitos anos, um sonho que ambicionava realizar. A oportunidade e a motivação surgiram no momento certo, do encontro com um companheiro dos tempos da mocidade.António de Abreu Freire, 68 anos, nasceu no Bunheiro, Murtosa e estudou na mesma instituição frequentada por João Peralta, sendo companheiro de turma de José, irmão de João. O seu percurso académico passou por climas da Europa, do Canadá e também pelo Rio de Janeiro entre 1964/68, mas sem notícias dos companheiros dos anos 50. Não souberam uns dos outros durante 44 anos, até ao ano 2000, quando Abreu Freire comandava um veleiro-escola com universitários portugueses na regata comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil. No Rio soube que João Peralta construía então, longe no sul, um veleiro com o qual desejava regressar à sua terra na Ria de Aveiro. Pelo lançamento do Diário de Bordo da viagem comemorativa, em 2001, Abreu Freire e os irmãos Peralta reencontraram-se em São Paulo.Em 2007/2008 Abreu Freire realizou o Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania, uma viagem a bordo de um veleiro pelos espaços da vida do padre António Vieira, de que resultaram várias publicações, uma exposição e um documentário filmado. João e José Peralta foram grandes suportes materiais e morais numa empreitada difícil e complicada que resultou em sucesso. Juntando a experiência de um veterano de 14 travessias à vela do Atlântico ao desejo de um emigrante de regressar à terra no seu veleiro, todos os ingredientes se encontravam disponíveis para criar mais um momento alto das suas vidas. E tem ainda outras razões que motivam esta travessia: neste ano de 2011 a família de João Peralta comemora os 100 anos do nascimento dos seus pais e em Janeiro de 2012 comemoram-se os 400 anos da fundação do estado do Ceará e da cidade de Fortaleza, obra de um alentejano de Santiago do Cacém, Martim Soares Moreno, um dos grandes heróis da unidade do Brasil, um dos “pais da pátria”, cuja história merece ser divulgada. Ele inspirou o personagem Martim do romance Iracema de José de Alentar e é personagem de primeiro relevo na história comum de ambos os países.João Peralta e Abreu Freire zarparão de Cubatão a bordo do Triunfo dentro de dias e farão escala em Salvador da Bahia, Recife, Natal, Recife, Fortaleza e São Luís do Maranhão. Em todas estas escalas será lembrado Martim Soares Moreno que aqui combateu os intrusos franceses e holandeses durante 45 anos, entre 1603 e 1648. Do Maranhão terá lugar a grande travessia de mais de 2.500 milhas com destino aos Açores e de lá navegarão para Sevilha, onde o herói do Ceará veio procurar reforços para a luta no nordeste. A escala em Sines, o porto mais próximo da terra natal de Martim Soares Moreno será em Dezembro, para terminar a viagem na Ria de Aveiro antes do solstício do Inverno. Mas para além de todas as razões que possam justificar esta travessia, tem uma só que é mesmo a que conta: nós queremos fazer de um espaço mais vasto o arraial das nossas utopias. Dizia o grande pregador padre António Vieira que os portugueses sempre tiveram pouca terra para nascer, o mundo inteiro para viver e morrer. Serão cerca de 6000 milhas de oceano, durante três meses da nossa vida, que pretendemos partilhar com os amigos e leitores do jornal O PONTO. Graças à Internet e telefone por satélite, manteremos contacto em tempo real com os nossos leitores e com os ouvintes da Rádio VAGOS FM durante toda a viagem. E esperamos encontrar-nos em Dezembro no cais da chegada; como todas as vidas, será na nossa mais um cais, na demanda do derradeiro cais.nte toda a viagem. E esperamos encontrar-nos em Dezembro no cais da chegada; como todas as vidas, será na nossa mais um cais, na demanda do derradeiro cais.


Fonte. J.P

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Joana Gramata ou Joana Maluca.....A História...




















A Gafanha da Gramata , ou Gafanha da Maluca, só em 1848 começou a designar-se de Gafanha da Encarnação , por naquele ano a Joana maluca e o seu segundo marido terem mandado construir a primeira capela deste lugar , dedicada a Nossa Senhora da Encarnação.
A designação de "Gramata" adveio do nome de uma planta marinha abundante na zona. A actual Gafanha da Encarnação tomou então aquele nome, não só pela existência da tal planta , mas pela necessidade de a distinguir da já existente Gafanha da Cale (Canal) da Vila (Aveiro), que se tornaria a Gafanha da Nazaré. Erradamente, chegou a supor-se que o nome de Gramat viria de Joana gramata, mas de facto foi contrário, Joana rosa de Jesus é que tomou o nome popular de joana Gramata.
Acontece que Joana Rosa de Jesus, ou Joana Gramata, também era conhecida por Joana Maluca, devido ao seu casamento com josé Domingos da Graça, a quem por alcunha chamavam "o Maluco". A esposa ganhou a alcunha do marido. Ao morrer, em 1878, com 90 anos de idade, deixou nove filhos e 66 netos. E como diz o Pe. João Vieira de Resende na sua "Monografia da Gafanha", "é claro que uma geração tão numerosa e florescente, entroncada numa idade tão provecta, e a quem ela assistia como senhora e rainha, deu-lhe o direito de crismar a sua povoação, a Gafanha da gramata, com a alcunha que ela tinha recebido do seu marido. Era de justiça o "privilégio", que os lugares circunvizinhos lhe concederam. Aparecer num local mal povoado uma macróbia, chefiando um povo de 66 netos, dava direito a uma consagração que ficasse marcando nas gerações futuras.
E a cantar passava a sua longa vida, prestando-se a receber visitas de representação e dos fidalgos, a quem concedia palestras quotidianas, que se prolongavam até ao declinar esplendoroso do sol por detrás dos palheiros da Costa Nova, nas piscosas e mornas tardes de Agosto e Setembro. E a faina do mar também vinha emprestar colorido ao quadro em pose das entrevistas dos categorizados e primitivos frequentadores da praia com a velhinha da Gafanha. Era e4ncantador e suave o declinar da vida desta nonagenária que, gulosamente, até ao último suapiro, ia fumando charutos sobre charutos sem queimar as barbas. Mas aquele role gigantesco, aquele arcabouço forte, também devia tombar. Estava a soar a hora da partida que, porventura, a surpreendeu num momento em que ela mnos desejaria (sem sacramentos)", relata estilisticamente, Vieira de Resende.
Como a igreja paroquial de Vagos ficasse longe e a única capela de toda a Gafanha, ainda que por mais acessível não oferecia grande comodidade de deslocação, Joana Maluca fez surgir uma capela na sua horta, que dedicou a Nossa Senhora da Encarnação. Desde essa altura que ficou como que construída uma nova povoação - a povoação da Gafanha da Encarnação.
A consequência da criação desta capela foi deslaçar o vínculo que unia todos os habitantes da Gafanha para criar nos povos da periferia das capelas da Nazaré e da Encarnação um espírito bairrista. O que terá trazido vantagens, como refere o Pe. João Vieira de Resende quando diz que: "Este separatismo veio a ser um regular propulsor para despertar a emulação entre os povos separados, estimulando as suas energias, ou vitalizando os seus empreendimentos (...)", mas que nem por isso deixa de lamentar que, "(...) teve porém a desvantagem de amolecer, resfriar os laços que prendiam e mantinham estes povos num intercâmbio lindo, invejável, das primitivas comunidades cristãs. Ali se mantinham os costumes e as características dos povos patriarcas".
Fonte: JFGE

10.º Aniversário da Ampliação e Remodelação do Museu Marítimo de Ílhavo













21 de Outubro Sexta-feira

: 10h-18h Dia aberto
: 10h-17h Jornada do Mar “10.º Aniversário” - Actividades do Serviço Educativo

22 de Outubro Sábado

: 16h Sessão Comemorativa do 10.º Aniversário da Ampliação e Remodelação do MMI
: Apresentação do programa comemorativo dos 75 Anos do Museu Marítimo de Ílhavo
: Inauguração da exposição de pintura Álbum do Mar, de Costa Pinheiro
: Exposição da peça A Barca dos Apóstolos, depósito da Família Pires da Rosa
: Apresentação do Livro Bateiras da Ria de Aveiro: Memórias e Modelos, de António Marques da Silva e Ana Maria Lopes

: 17h30 Quarteto de Flautas da Universidade de Aveiro (Marés de Música - Ílhavo 2011)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Terra ficou mais pobre......sem STEVE JOBS














Sucedem-se as homenagens ao génio de Steve Jobs, mas uma imagem que se destacou hoje pela originalidade está a fazer furor na Internet - e até já valeu ao autor uma oferta de emprego.

A imagem acima foi criada por Jonathan Mak, estudante de 19 anos da Escola de Design da Universidade Politécnica de Hong Kong, em homenagem ao co-fundador da Apple que morreu esta madrugada vítima de cancro no pâncreas.
Na ilustração, o logo da Apple é modificado de forma a que o pedaço que falta da maçã se torna no perfil de Steve Jobs.
O desenho está a ser difundido na Net, especialmente nas redes sociais. O actor Ashton Kutcher foi um dos que se emocionaram com a imagem e até a colocou como foto de perfil na sua conta do Twitter (@aplusk).
À Reuters, o jovem designer afirmou-se "animado e assustado ao mesmo tempo", relativamente ao impacto que a sua criação está a ter. Um desenho que define da seguinte forma: "É a compreensão silenciosa de que ficou a faltar uma peça à Apple".
Segundo a mesma fonte, Marks já teve mesmo uma oferta de emprego por causa deste seu trabalho, não tendo sido divulgado qual a empresa que o contactou.