terça-feira, 27 de abril de 2010

Ponto de Encontro ....Apoia Baltazar Garzón


Baltazar Garzón Real (Torres, 26 de outubro de 1955). Garzón é conhecido na Espanha como "super-juiz" ou "juiz-estrela".
Garzón ficou conhecido mundialmente ao emitir uma ordem de prisão em desfavor do ex-presidente do Chile Augusto Pinochet pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Utilizou como base o relatório da Comissão Chilena da Verdade (1990-1991).
Reiteradas vezes manifestou seu desejo de investigar o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger por sua relação com a denominada Operação Condor.



Trabalha também num processo em que se acusa de genocídio diversos militares argentinos pelo desaparecimento de cidadão espanhóis durante a ditadura argentina (1976-1983).
Em 2001, solicitou autorização ao Conselho da Europa para processar o Primeiro Ministro italiano Silvio Berlusconi, então membro da Assembleia parlamentar do Conselho.
Em dezembro desse mesmo ano, investigou, por suspeitas de lavagem de dinheiro, contas no exterior (off-shore) do conglomerado financeiro BBVA (segundo maior banco da Espanha).
Em janeiro de 2003, criticou enfaticamente o governo dos EUA pela detenção ilegal, na base de Guantánamo (Cuba), de suspeitos de pertencerem ao grupo terrorista Al Qaeda. Nesse mesmo ano, participou de campanhas contra a guerra no Iraque.



Na Espanha, ainda nos anos 80, actuou em processos contra diversos narcotraficantes, inclusivé altos dirigentes das máfias galega, turca e italiana. Comandou investigações sobre lavagem de dinheiro no litoral espanhol (região de Málaga) e falsificação de moeda (derrame de notas de 100 dólares). Foi jurado de morte por diversos traficantes e mafiosos e por isso passou a ser conduzido em carros blindados e a viver com escolta policial.
Em 1993, participou da política espanhola, entrando na lista de candidatos à Câmara dos Deputados pelo PSOE. Chegou a comandar o Plano Nacional Anti-Drogas, porém renunciou após um ano de trabalho, queixando-se do excesso de corrupção no governo.
Ao retornar à magistratura, deu seguimento às investigações do caso GAL (Grupos Antiterroristas de Liberação), grupo de extermínio que, conforme ficou comprovado, foi criado durante o primeiro governo do PSOE, ainda nos anos 1980, com a finalidade de assassinar membros e simpatizantes do ETA. Várias autoridades foram condenadas em virtude do caso, inclusive o ex-Ministro do Interior José Barrionuevo. Posteriormente, todos foram indultados no governo de José Maria Aznar.
Actuou também contra os terroristas bascos do ETA. Em 2002, conseguiu suspender o funcionamento, por 3 anos, do partido Batasuna, ao demonstrar as suas relações com o grupo terrorista. Dessa acção resultou também o encerramento dos jornais Egin e Egunkaria, além da rádio Egin Irratia. Angariou com isso o ódio dos nacionalistas bascos, que consideram que atacou a cultura basca e não o terrorismo.
Em março de 2003, Garzón suspendeu as atividades do Partido Comunista de España Reconstituido (PCE-r), em função de suas atividades ilícitas de apoio ao GRAPO, tais como a "fixação da tática e da estratégia da luta armada, escolha de objetivo, montagem de infra-estrutura, provimento de recursos econômicos, seleção dos responsáveis pelas ações armadas e dos membros dos auto-denominados comandos militares".
Formou-se em direito pela Universidade de Sevilha em 1979. Foi aprovado em concurso para o cargo de Juiz em 1981. Inicialmente, foi nomeado para a comarca de Valverde del Camino, província de Huelva (Andaluzia). Posteriormente, foi removido para o Juizado de Primeira Instância e Instrução de Villacarrillo, província de Jaén (Andaluzia). En 1983, foi promovido a Magistrado, sendo destinado ao Juizado de Primeira Instância e Instrução n° 3 de Almería (Andaluzia). Em 11 de março de 1987 foi nomeado pelo Conselho Geral do Poder Judiciário para ocupar o cargo de Inspetor Delegado (Corregedor-Geral) para Andaluzia. Em 29 de janero de 1988, tornou-se Magistrado-Juiz Central de Instrução n° 5 da Audiência Nacional.



Milhares nas ruas apoiam Garzón
O processo contra Baltasar Garzón, por ter aceitado investigar os crimes do franquismo, continua a dividir os espanhóis. Ontem, realizaram-se em pelo menos 25 cidades espanholas manifestações de apoio ao juiz. Mas na capital, Madrid, desfilaram dezenas de pessoas numa contramanifestação promovida pela organização de Extrema-direita Falange, um dos grupos que processaram o magistrado.
Convocadas através da rede social Facebook, milhares de pessoas demonstraram o seu repúdio pelo que consideram um "ultraje à memória das vítimas do franquismo". A maior concentração ocorreu em Madrid, e nela participaram políticos, artistas, intelectuais e familiares de vítimas da ditadura de Franco. Mas na capital desfilaram também manifestantes da Falange, um dos três grupos responsáveis pelo processo contra Baltasar Garzón.
O apoio ao superjuiz espanhol fez-se sentir ainda em várias capitais europeias e da América do Sul. Em Bogotá, Colômbia, foi entretanto assinada por dignitários de diversos países e representantes da ONU uma declaração de apoio a Baltasar Garzón.
Contra o que chamam «iniquidade» dos processos levantados na Justiça espanhola ao juiz Baltazar Garzón, um grupo de portugueses juntos através da rede social Facebook reúne-se sábado frente à Embaixada de Espanha em Lisboa.
Um dos organizadores, Agostinho Machado, disse à agência Lusa que é uma «completa iniquidade» que a Audiência Nacional espanhola tenha «impedido» Garzon de investigar «crimes contra a humanidade, inesquecíveis e não amnistiáveis» do regime franquista.
Além disso, há a «agravante» de «lhe imputarem o crime de prevaricação e de o obrigarem a sentar-se no banco dos réus, o que nos preocupa», referiu.
Os apoiantes de Garzón - com um grupo no Facebook lançado a 14 de Abril e que tem hoje «quase três mil» aderentes - querem que «o poder judicial em Espanha reflita muito bem nas repercussões em Espanha e a nível internacional» dos processos contra Garzón.
«Isto é uma coisa absolutamente chocante para mentalidades comprometidas com a causa dos direitos humanos», disse, frisando que a posição das pessoas solidárias com o juiz «não pode ser considerada uma forma de pressão» sobre a Justiça espanhola.


domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril..sempre...se o Socrates deixar

25 de Abril de 1974 era assim....
Agora está assim....
Por causa deste..e de outros assim.....

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Voyage on the North Sea, livro-filme de Marcel Broodthaers no Museu Marítimo de Ilhavo



No Museu Marítimo de Ilhavo de 20 de março a 9 de maio de 2010
"....Marcel Broodthaers nasceu em Bruxelas a 28 de Janeiro de 1924. Foi um poeta que decidiu tornar-se artista plástico em finais de 1963. Associado ao Grupo Surrealista-Revolucionário a partir de 1945, a importância e originalidade da sua obra residem na forma como articula, com recurso a referências e operações culturais complexas, questões essenciais sobre a natureza e a função da arte, o lugar do sujeito em determinadas práticas e teorias radicais dos anos de 1960, bem como os limites do acto estético na era do capitalismo avançado.
Em 1968, instala em Bruxelas o seu Museu de Arte Moderna, um projecto que concretiza até 1972, numa série de eventos enigmáticos e instalações, onde o artista desconstrói a noção de museu e questiona os modos de apresentação e legitimação da arte.
A natureza heterogénea dos elementos que constituem a estrutura da sua obra – poesia, livros, edições, cartas abertas, catálogos, objectos, instalação e filme – e as relações que esses registos estabelecem entre si, transformam qualquer exposição num projecto arriscado. Como o próprio artista um dia escreveu, “Comecei com a poesia, depois as artes visuais, e finalmente o cinema que reúne vários e diferentes elementos da arte. O mesmo é dizer: escrita (poesia), objecto (arte visual), e imagem (filme). O mais difícil, é a harmonia entre estes elementos”.

O livro-filme A Voyage on The North Sea foi realizado entre Novembro de 1973 e Janeiro de 1974. O livro apresenta 10 imagens fotográficas, a preto e branco, de um barco de recreio, e 68 reproduções, a cores, de um óleo pintado por um artista amador nos inícios do século XX. A pintura evocada no livro-filme retrata uma pequena frota de veleiros de pesca no Mar do Norte. O filme, a cores e de 16mm, utiliza os mesmos elementos.
A Voyage on The North Sea foi exibida pela primeira vez em Londres, na sede da Petersburg Press, instituição responsável pela edição numerada de 100 exemplares assinados pelo artista.

Marcel Broodtahers morre em Colónia a 28 de Janeiro de 1976. A obra do artista, que fez da própria exposição um meio de expressão artística, é de inquestionável relevância para a arte da segunda metade do século XX....."

Márcia Carvalho

Retratos Marítimos, fotografia de Eduardo Gageiro, no Museu Marítimo de Ilhavo

Patente Museu Marítimo de Ilhavo de 20 de Março a 9 de Maio de 2010
"....Dizem que os fotógrafos não são pessoas como as outras. Consta que caminham com metade dos olhos entre as mãos e não fazem separação entre o seu corpo e o Mundo, como as crianças e os animais. Neste último aspecto, compartem a condição com todos os artistas dignos desse nome, e ainda bem que assim acontece. Alguém há-de ter a seu cargo a tarefa de manter activa a relação entre os homens e o íntimo coração das coisas. Foi pensando na possibilidade dessa inocência, que me encontrei pela primeira vez com Eduardo Gageiro.

Eram três horas da tarde, sobre uma mesa de vidro ele abria as folhas de um livro chamado Silêncios e insistia na diferença entre o plural e o singular da mesma palavra. Mas não precisava de falar muito mais. A sua eloquência não estava na explicação do sentido dos termos, residia na forma como virava as páginas – Aqui encontrava-me eu em Varanasi, aqui em Genéve, aqui o homem estava de costas, e ainda que monstruoso, eu vi-o no meio da solidão, e assim por diante. Embora o que dissesse fosse mais fundo do que dizia, ou estivesse muito mais escondido. (…) Para além da mesa de vidro, para além do sol da Primavera entrando às golfadas pela janela, o que o fotógrafo vinha dizer provinha do fundo da Natureza. Como se dissesse – Tenham cuidado comigo, olhem que eu nasci para as árvores, nasci para os seus ramos, suas folhas levantadas contra a luz, suas raízes escondidas no solo. Muito cuidado, que eu não sou daqui....."

Lídia Jorge

domingo, 18 de abril de 2010

O Ponto de Encontro também está na Ilha do SAL


A alegria de encontrar o Ponto de Encontro na Ilha do Sal

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ponto de Encontro em Cabo Verde...gastronomia Parte II




A maravilhosa e barata lagosta de Cabo verde
As fantásticas Cracas...

domingo, 11 de abril de 2010

Ponto de Encontro em Cabo Verde.....Parte 1



De regresso à rotina depois de umas férias na Terra de Morabeza