quarta-feira, 9 de abril de 2008

Histórico: no dia 7 de Abril de 2008 a Galiza na Conferência Internacional do Acordo Ortográfico-Na Assembleia da República

Foi um dia histórico nom apenas para a Galiza lusófona, mas para a língua galega toda. No dia de ontem, a Conferência Internacional/Audição Parlamentar sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, organizada pola Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República Portuguesa, sentiu com força a presença galega da mao da Associaçom Galega da Língua (AGAL), Associação de Amizade Galiza-Portugal (AAG-P), Associação Pró Academia Galega da Língua Portuguesa, Associação Sócio-pedagógica Galaico-Portuguesa (ASPG-P), Movimento Defesa da Língua (MDL).

Ângelo Cristóvão falava, depois do encerramento da sessão, em dia histórico para a língua na Galiza graças a unidade demonstrada pelo movimento reintegracionista, além de comentar que esse esforço e trabalho estão a permitir fazer inúmeros contactos que logo darão novos frutos.

Por seu lado, Alexandre Banhos mostrava-se também satisfeito, ressaltando o facto de que por primeira vez a Galiza ter voz oficialmente na Assembleia da República portuguesa, havendo também de facto um reconhecimento ao seu cáracter lusófono.

8 comentários:

Laurus nobilis disse...

Já andei a investigar e só não percebi muito bem o nome "movimento reintegracionista"...

Laurus nobilis disse...

Será que se referem a um reintegracionismo na raiz lusófona da língua galega?

Marieke disse...

O reintegracionismo galego é um movimento social que pretende a reintegração dos falares galegos no português.
O reintegracionismo considera o galego, chamado galego-português, português da Galiza ou portugalego, como uma variedade mais do português e assim aposta pela adopção duma norma ortográfica comum ou muito semelhante. Esta foi recentemente considerada válida e aceite em tribunal.

Laurus nobilis disse...

Esclarecido! Obrigado.

O´Fartura disse...

A respeito deste tema na Galiza hai un debate moi encendido, aínda que non moi extendido.
Para entendelo é preciso saber que hai outra postura, denominada polos reintegracionistas como isolacionista (o galego é un idioma sen máis vínculo co portugués que ser unha língua romance ao igual que o castellano ou o catalán) que é a postura oficial validada pola lexislación e o uso no ensino e por parte das administracións públicas.
Durante o governo de Fraga Iribarne(españolista de dereitas) chegou a estar perseguido o reintegracionismo levando a profesores e profesoras reintegracionistas aos xulgados.
O reintegracionismo que segue a ser minoritario é de supoñer que avance socialmente na Galiza.
Por certo, sen ánimo de correxir á Marieke pódese dicir que o reintegracionismo é o movemento cultural e lingüistico que persegue o recoñecemento de que o galego e o portugués forman parte dun mesmo sistema lingüistico(diasistema) que o profesor Ricardo Carbalho Calero definíu como Iberoromano Occidental.
Eu considero que os reintegracionistas non conciben o galego como o portugués da Galiza, en absoluto.
Ese é un argumento falaz que usan os detractores do reintegracionismo.
Vaia, trátase dun debate amplo que non se pode resumir neste comentario.
Non me malintrepretedes, eu son un galego que usa as normas da Real Academia Galega e simpatizo abertamento co reintegracionismo.
Un saúdo.

Marieke disse...

Muito obrigada pelo teu completo e esclarecedor comentário...desculpa a minha ignorancia..sou galega de segunda:))) Prometo estudar o tema com profundidade..
Fartura..diz-me uma coisa..Então estes senhores que vieram à Assembleia da república não representavam a Real Academia Galega???era tão só uma facção dos muitos pensares que há na Galiza?

O´Fartura disse...

O reintegracionismo é un movemento social, que desde o meu punto de vista enriquece o tecido social galego. Goza da adhesión de importantes e significados intelectuais galegos e ten presencia principalmente nas universidades.
Neste caso Galiza tivo presencia na Assembleia da República a través dos representantes dun movemento social organizado que propugna a unificación ortográfica do galego co portugués.
A min gostariame que esa presencia fose das institucións políticas de Galiza, mais non é así.
De todas formas paréceme que igualmente ten o valor de que o pluralismo propio das sociedades democráticas como a galega atope foros de expresión en Portugal.
Sen dúbida axuda a avanzar no mútuo coñecemente que é tan necesario.
Um abraço amiga.

Marieke disse...

Esclarecida....visto pelo teu ponto de visto..não deixa de ser enriquecedor...mas deveriam estar entao presentes as várias correntes...