Quem me dera enterrado junto ao cais
na tumba da maré da eternidade,
onde vive o Aveiro e a saudade,
a beleza infinita dos canais!
E nessa sepultura ser arrais
do barco ancestral desta cidade,
onde mora a raiz da Liberdade,
semeada por vozes imortais!
Então nesse recanto do Rossio,
onde o amor nasceu, e ali ouviu
o murmurar da água na muralha,
quem me dera morrer de maresia,
e na urna embalada pela ria,
vestirem-me de sal, como mortalha!
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2 comentários:
Bonito soneto de Amadeu de Sousa. Tens andado arredia, decerto com a vida, mas a tua sensibilidade continua afinada.
Um abraço
Fernando Martins
Espero que esteja tudo a correr bem.
brigado pelo carinho!
Até Fevereiro?
MIL BEIJINHOSSSSSSSSSS
TAKE CARE!
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