segunda-feira, 17 de outubro de 2011

De Cubatãoa Aveiro em Veleiro....




















O jornal O PONTO associa-se a esta “epopeia” publicando as façanhas da viagem deste filho da terraJoão Jorge Peralta, 75 anos, é natural de Lombomeão, Vagos. Estudava em Aveiro, quando emigrou para o Brasil com a mãe e os 7 irmãos em 1956, seguindo o pai que emigrara em 1951 para Cubatão, estado de São Paulo. Dentro de dias largará no seu veleiro TRIUNFO para a travessia do Atlântico – um retorno do filho pródigo à terra-mãe. A família desempenhou durante muitos anos um papel importante no desenvolvimento da região que os acolheu: João foi Secretário Municipal da Educação, Cultura e Desporto e uma avenida de Cubatão, cidade geminada com Aveiro, tem o nome do patriarca da família, Joaquim Jorge Peralta. Aposentado do ensino secundário e superior desde 2008, João Peralta dedicou ultimamente muito do seu tempo a navegar pela costa brasileira, visitando os recantos mais notáveis do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, investigando sobre a história social e económica da era colonial e sobre o património histórico luso-brasileiro. A travessia do Atlântico num barco à vela, da cidade que o acolheu até à terra donde partiu era, desde há muitos anos, um sonho que ambicionava realizar. A oportunidade e a motivação surgiram no momento certo, do encontro com um companheiro dos tempos da mocidade.António de Abreu Freire, 68 anos, nasceu no Bunheiro, Murtosa e estudou na mesma instituição frequentada por João Peralta, sendo companheiro de turma de José, irmão de João. O seu percurso académico passou por climas da Europa, do Canadá e também pelo Rio de Janeiro entre 1964/68, mas sem notícias dos companheiros dos anos 50. Não souberam uns dos outros durante 44 anos, até ao ano 2000, quando Abreu Freire comandava um veleiro-escola com universitários portugueses na regata comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil. No Rio soube que João Peralta construía então, longe no sul, um veleiro com o qual desejava regressar à sua terra na Ria de Aveiro. Pelo lançamento do Diário de Bordo da viagem comemorativa, em 2001, Abreu Freire e os irmãos Peralta reencontraram-se em São Paulo.Em 2007/2008 Abreu Freire realizou o Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania, uma viagem a bordo de um veleiro pelos espaços da vida do padre António Vieira, de que resultaram várias publicações, uma exposição e um documentário filmado. João e José Peralta foram grandes suportes materiais e morais numa empreitada difícil e complicada que resultou em sucesso. Juntando a experiência de um veterano de 14 travessias à vela do Atlântico ao desejo de um emigrante de regressar à terra no seu veleiro, todos os ingredientes se encontravam disponíveis para criar mais um momento alto das suas vidas. E tem ainda outras razões que motivam esta travessia: neste ano de 2011 a família de João Peralta comemora os 100 anos do nascimento dos seus pais e em Janeiro de 2012 comemoram-se os 400 anos da fundação do estado do Ceará e da cidade de Fortaleza, obra de um alentejano de Santiago do Cacém, Martim Soares Moreno, um dos grandes heróis da unidade do Brasil, um dos “pais da pátria”, cuja história merece ser divulgada. Ele inspirou o personagem Martim do romance Iracema de José de Alentar e é personagem de primeiro relevo na história comum de ambos os países.João Peralta e Abreu Freire zarparão de Cubatão a bordo do Triunfo dentro de dias e farão escala em Salvador da Bahia, Recife, Natal, Recife, Fortaleza e São Luís do Maranhão. Em todas estas escalas será lembrado Martim Soares Moreno que aqui combateu os intrusos franceses e holandeses durante 45 anos, entre 1603 e 1648. Do Maranhão terá lugar a grande travessia de mais de 2.500 milhas com destino aos Açores e de lá navegarão para Sevilha, onde o herói do Ceará veio procurar reforços para a luta no nordeste. A escala em Sines, o porto mais próximo da terra natal de Martim Soares Moreno será em Dezembro, para terminar a viagem na Ria de Aveiro antes do solstício do Inverno. Mas para além de todas as razões que possam justificar esta travessia, tem uma só que é mesmo a que conta: nós queremos fazer de um espaço mais vasto o arraial das nossas utopias. Dizia o grande pregador padre António Vieira que os portugueses sempre tiveram pouca terra para nascer, o mundo inteiro para viver e morrer. Serão cerca de 6000 milhas de oceano, durante três meses da nossa vida, que pretendemos partilhar com os amigos e leitores do jornal O PONTO. Graças à Internet e telefone por satélite, manteremos contacto em tempo real com os nossos leitores e com os ouvintes da Rádio VAGOS FM duraO jornal O PONTO associa-se a esta “epopeia” publicando as façanhas da viagem deste filho da terraJoão Jorge Peralta, 75 anos, é natural de Lombomeão, Vagos. Estudava em Aveiro, quando emigrou para o Brasil com a mãe e os 7 irmãos em 1956, seguindo o pai que emigrara em 1951 para Cubatão, estado de São Paulo. Dentro de dias largará no seu veleiro TRIUNFO para a travessia do Atlântico – um retorno do filho pródigo à terra-mãe. A família desempenhou durante muitos anos um papel importante no desenvolvimento da região que os acolheu: João foi Secretário Municipal da Educação, Cultura e Desporto e uma avenida de Cubatão, cidade geminada com Aveiro, tem o nome do patriarca da família, Joaquim Jorge Peralta. Aposentado do ensino secundário e superior desde 2008, João Peralta dedicou ultimamente muito do seu tempo a navegar pela costa brasileira, visitando os recantos mais notáveis do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, investigando sobre a história social e económica da era colonial e sobre o património histórico luso-brasileiro. A travessia do Atlântico num barco à vela, da cidade que o acolheu até à terra donde partiu era, desde há muitos anos, um sonho que ambicionava realizar. A oportunidade e a motivação surgiram no momento certo, do encontro com um companheiro dos tempos da mocidade.António de Abreu Freire, 68 anos, nasceu no Bunheiro, Murtosa e estudou na mesma instituição frequentada por João Peralta, sendo companheiro de turma de José, irmão de João. O seu percurso académico passou por climas da Europa, do Canadá e também pelo Rio de Janeiro entre 1964/68, mas sem notícias dos companheiros dos anos 50. Não souberam uns dos outros durante 44 anos, até ao ano 2000, quando Abreu Freire comandava um veleiro-escola com universitários portugueses na regata comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil. No Rio soube que João Peralta construía então, longe no sul, um veleiro com o qual desejava regressar à sua terra na Ria de Aveiro. Pelo lançamento do Diário de Bordo da viagem comemorativa, em 2001, Abreu Freire e os irmãos Peralta reencontraram-se em São Paulo.Em 2007/2008 Abreu Freire realizou o Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania, uma viagem a bordo de um veleiro pelos espaços da vida do padre António Vieira, de que resultaram várias publicações, uma exposição e um documentário filmado. João e José Peralta foram grandes suportes materiais e morais numa empreitada difícil e complicada que resultou em sucesso. Juntando a experiência de um veterano de 14 travessias à vela do Atlântico ao desejo de um emigrante de regressar à terra no seu veleiro, todos os ingredientes se encontravam disponíveis para criar mais um momento alto das suas vidas. E tem ainda outras razões que motivam esta travessia: neste ano de 2011 a família de João Peralta comemora os 100 anos do nascimento dos seus pais e em Janeiro de 2012 comemoram-se os 400 anos da fundação do estado do Ceará e da cidade de Fortaleza, obra de um alentejano de Santiago do Cacém, Martim Soares Moreno, um dos grandes heróis da unidade do Brasil, um dos “pais da pátria”, cuja história merece ser divulgada. Ele inspirou o personagem Martim do romance Iracema de José de Alentar e é personagem de primeiro relevo na história comum de ambos os países.João Peralta e Abreu Freire zarparão de Cubatão a bordo do Triunfo dentro de dias e farão escala em Salvador da Bahia, Recife, Natal, Recife, Fortaleza e São Luís do Maranhão. Em todas estas escalas será lembrado Martim Soares Moreno que aqui combateu os intrusos franceses e holandeses durante 45 anos, entre 1603 e 1648. Do Maranhão terá lugar a grande travessia de mais de 2.500 milhas com destino aos Açores e de lá navegarão para Sevilha, onde o herói do Ceará veio procurar reforços para a luta no nordeste. A escala em Sines, o porto mais próximo da terra natal de Martim Soares Moreno será em Dezembro, para terminar a viagem na Ria de Aveiro antes do solstício do Inverno. Mas para além de todas as razões que possam justificar esta travessia, tem uma só que é mesmo a que conta: nós queremos fazer de um espaço mais vasto o arraial das nossas utopias. Dizia o grande pregador padre António Vieira que os portugueses sempre tiveram pouca terra para nascer, o mundo inteiro para viver e morrer. Serão cerca de 6000 milhas de oceano, durante três meses da nossa vida, que pretendemos partilhar com os amigos e leitores do jornal O PONTO. Graças à Internet e telefone por satélite, manteremos contacto em tempo real com os nossos leitores e com os ouvintes da Rádio VAGOS FM durante toda a viagem. E esperamos encontrar-nos em Dezembro no cais da chegada; como todas as vidas, será na nossa mais um cais, na demanda do derradeiro cais.nte toda a viagem. E esperamos encontrar-nos em Dezembro no cais da chegada; como todas as vidas, será na nossa mais um cais, na demanda do derradeiro cais.


Fonte. J.P

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