terça-feira, 30 de setembro de 2008

7º Aniversário da Remodelação e Ampliação do Museu Marítimo de Ilhavo





19 de Outubro
17h00 – Inauguração da exposição de fotografia “A Maritime Album – 50 fotografias e as suas histórias”, exposição cedida pelo Mariner’s Museum, Virgínia, Estados Unidos da América
18h00 – Conferência “Camões entre a Europa e as rotas oceânicas”, pela Prof. Doutora Rita Marnoto (Universidade de Coimbra) – org: Confraria Camoniana Associação de Ílhavo;

21 de Outubro
Dia aberto
Visitas guiadas
Abertura da exposição de fotografia “O Museu visto por si próprio”, de José Maria Pimentel

Onde quer que estejas de onde quer que sejas , não percas este Ponto de Encontro em ILHAVO

Os Maiores Veleiros do Mundo em ILHAVO



Veja as imagens e ouça o relato magnífico desta visita a ILHAVO dos Maiores Veleiros do Mundo

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

26 de Setembro -Dia Europeu das Línguas



A ideia de instituir todos os anos um Dia das Línguas partiu do Conselho da Europa. Esta instituição criou um sítio web que contem informação e ligações que remetem para a rede dos coordenadores nacionais do Dia. Contém também uma base de dados sobre as actividades organizadas, havendo a possibilidade não só de fazer consultas, mas também de acrescentar informações sobre outros eventos
Todos podem contribuir para o êxito do dia.
A melhor forma de o fazer é, desde logo, começar a aprender uma nova língua estrangeira ou melhorar os conhecimentos que dela possui.
Participe em eventos e actividades no seu país ou na sua região.
Junte-se com outras pessoas das suas proximidades ou noutros países para organizar as suas actividades.
Professores de línguas podem servir-se do Dia Europeu para motivar os alunos e para falar ao público do seu trabalho e sobre a importância de aprender línguas, para além de aproveitarem a oportunidade de ficarem a conhecer o trabalho de outros neste campo.
Escolas de línguas e departamentos de línguas podem organizar jornadas portas abertas e mini-cursos de línguas para dar a conhecer as suas infra-estruturas e motivar as pessoas
Jornalistas e profissionais da rádio e da televisão podem cobrir actividades que se desenrolem no Dia Europeu e participar nos debates consagrados à efeméride.
Organizações não governamentais podem aproveitar a oportunidade do Dia Europeu para organizar actividades e para promover o debate sobre questões que se prendem com a aprendizagem e a política das línguas.
Fonte: Página de "Educação Formação"
Site de consultaobrigatória:http://www.pglingua.org/

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Intercâmbio literário entre os blogues Ponto de Encontro (Português) e Homes de Pedra em Barcos de Pau (Galego)



Manuel
Perdão pelo plágio da idéia da foto na prateleira mas achei a sugestão muito boa
Adorei o livro, pois uma das minhas paixões é a comparação por foto do Antes e do Agora das terras que me tocam
Um abraço
Marieke

domingo, 21 de setembro de 2008

21 de Setembro-Dia Internacional da PAZ


Hoje neste dia especial e sem tecer nenhum comentário deixo aqui uma foto da estampa de Picasso que tenho na entrada da minha casa

Costa Nova-Romaria da Senhora da Saúde

A Romaria da Senhora da Saúde na Costa Nova , sempre no último fim de semana de Setembro, encerra a minha estadia na Costa Nova de forma permanente.Sim, porque aos fins de semana se o tempo for bom lá estou eu nem que seja para um cafezito no "Ti Pires" no "quiosque da Olímpia" a comprar o jornal..ou a fazer uma visita ao mar que o mar que eu gosto não é azul nem verde..é cinzento e branco..revolto e agressivo.


As fotos antigas desta romaria são do trabalho do Sr. Eng. Senos da Fonseca.



Hoje em dia a visita de dezenas de barcos moliceiros à festa terminou..resta-nos uma regatas com bateirase a vista de um ou dois moliceiros




"....Em 28 de Outubro de 1889, foi decidido construir no areal, ali logo abaixo da «Lomba» ,em situação estrategicamente escolhida para servir pescadores e veraneantes ,«a capelinha branca» de culto à Nª. Sr.ª da Saúde ,com compostura e dimensão, suficientes, para o tagaté à alma, em serena cruzada evangélica..."Senos da Fonseca


Há no entanto sempre um misto para mim de alegria e nostalgia pelo fim de uma época-
Nada como relembrar o célebre poema do ilustre Ilhavense (Prof. Gulhermino a que a esta nostalgia lhe dedicou um poema musicado que ainda um dia hei-de conseguir colocar no blog "Saudades da Praia"


Nota:Fac simile da folha onde foi pela primeira vez datilografrado o poema gentilmente cedido pelo filho do autor Aníbal Ramalheira.

domingo, 14 de setembro de 2008

Casas com História na Costa Nova-"A Marisqueira do Fundo"




Palacete mandado construir pela famosa família Pinto Basto, viria lá mais tarde a ser instalada a Pensão «Astória», gerida por Ana dos Santos Figueiredo, a que seguiu a «Marisqueira», do galego Otero.(Meu avô) da qual foi proprietário até à sua demolição (por expropiação camarária)para fazerem uma ligação mais recta à praia da Vagueira.
Tive no entanto ainda o privilégio de aí morar até à idade dos 12 anos.Das melhores recordações que tenho eram as sestas nos quartos à escolha cujas paredes confinavam com a Ria e que delícia era ouvir o "chap chap" das aguas a bater nas paredes externas nas subidas e descidas da maré

Casas com História na Costa Nova-Palheiro de José Estevão



"Aforamento do terreno Baldio entre a Costa Nova e a Barra a José
Estêvão em 20 Dez de 1860"

Escritura de emprazamento que faz a Camara Municipal do concelho de Ilhavo aos Excelentíssimos
José Estevão Coelho de Magalhães e Mulher Dona Rifa de Miranda Magalhães da cidade de
Aveiro.
Saibam quantos este público instrumento de escritura de emprazamento ou como em direito melhor
lugar haJa e dizer-se possa virem que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1nil e
oitocentos e sessenta, aos vinte dias do mês de Dezembro do dito ano nesta vila de lUtavo e Paços
do concelho dela, na Sala das Sessões lYI uwicipais deste concelho, aonde eu tabelião vim chamado
pelos membros deste município para o caso do presente instrumento ,: aqui sendo presentes em
pessoas de uma parte o Corpo JJl1micipal deste concelho constituído nas pessoas do Presidente -
José Gonçalves dos A11jOS - Vice-Presidente, Manuel António Ramos Loureiro -'-- Fiscal, José de
0l1'veira Craveiro - Vogais, Manuel Ntmes da Fonseca e João A ntónio Feneira e da outra o Padre
José Simões Chuva como procurador dos Excelentíssimos aforantes José Estevão Coelho de M
agalhães e mulher Dona Rita de M iranda Magalhães(….)
me foi dito, que no sítio da Costa Nova para o lado da Barra de A veiro existia UMA PORÇÃO de
areal inculto, que pertencia aos baldios públicos deste concelho, mas que no estado em que se
achava de nenhum proveito era para o município deste concelho; e por isso eles membros desta
Câmara tinham resolvido dá-lo de aforamento a quem maior foro oferecesse, para cujo fim ti'nham
mandado medir e demarcar o referido terreno, e arbitrar-lhe o foro por louvados e precedendo
editais tinham posto em praça aquele aforamento, sendo o lanço do maior foro dado pelo segundo
outorgante, o Excelentíssimo José Estevão Coelho de M agalhães, o qual ofereceu o foro de mil e
duzentos e cinquenta reis pago nos Cofres do Município no dia trinta de Junho de cada ano e
laudémio da quarentena (…)
= ALVARÁ DE CONFIRMAÇÃO DE AFORAMENTO = José Ferreira da Cunha e Sousa
Secretário Geral servindo de Governador Civil do Distrito de Aveiro por Sua Magestade
fidelíssima, a quem Deus guarde. - Faço saber que por José Estevão Coelho de Magalhães, natural
desta cidade de A veiro, foi tomado de aforamento em fateusim perpétuo a CâmaraMunicipal do
concelho de Ìlhavo por auto de arrematação em praça pública no primeiro deMaio deste ano e pelo
foro anual de mil e duzentos e cinquenta reis metal e laudémio de quarentena, um terreno de areal
baldio, sito entre a Costa Nova do Prado, e o paredão da barra desta mesma cidade, cuja extensão e
confrontação são as seguintes: - Tem pelo lado do sul duzentos e quarenta metros de largura,
partindo a linha de demarcação por este lado, de um ponto, onde se cravou uma estaca, ao nascente
da extrema, pelo mesmo lado do sul, da Cerca ou Tapada, que já aí possui, junto do seu palheiro, ou
casa de habitação no tempo dos banhos, o dito José Estevão Coelho de Magalhães, a qual Cêrca,
assim como a dita casa de habitação e mais pertenças ficam dentro da dita demarcação; e fixado
aquele ponto por forma tal, que sendo o vértice de um ângulo formado pelas linhas de demarcação
do sul, e do nascente, corra a primeira pela extrema da dita tapada, e se prolonguem para poente na
mesma direcção dela até à dita extensão de duzentos e quarenta metros, e vá a segunda do nascente,
pela frente da casa de habitação, recta até à extremidade nascente, norte da dita tapada, ou Cêrca,
correndo paraIela à extrema do átrio que se achana frente do palheiro principal oude habitação e
passando a distancia de dois metros dessa extrema do dito átrio :pelo poente tem de comprimento
trezentos e quinze metros e setenta centrimetros,em linha recta, partindo do poente onde finda a
linha do lado do sul, e seguindo em direitura a barra, por modo que passe a um metro de distância
da extremidade nascente de uma obra de alvenaria, que serviu de base a uma Pirâmide ou guarda de
madeira, que em tempo existiu ao sul da barra, para servir de sinal aos navegantes, findando a dita
linha à distância de cinquenta metros da extremidade sul do paedão da barra; pelo nascente não foi
medido este terreno, mas é demarcado pela forma seguinte: partindo do lado do sul, do ponto iá
indicado quando se tratou da demarcação por esse lado, e vindo em recta pela frente da propriedade
do dito José Estevão, como já fica dito, paralela a 1inha da extremidade do átrio fronteira ou
palheiro principal ou de habitação na d1:stância de dois metros dessa extremidade e até ao fim da
mesma proprriedade, aí deixa a linha de ser recta, e se vai prolongando para o norte, acompanhando
todas as sinuosidades ou ângulos reentrantes e salientes da margem da Ria, até parar à distância de
trinta metros da extremidade Sul do paredão da barra, ficando entre esta linha e a dita margem da
Ria, em preamar ,um espaço de dez metros de largura em todo o comprimento, para estrada pública,
serviço de pesca, de pequenas redes, que na mesma ria pescam, cam1:nho de Sirga, e para todos os
mais usos públicos, com declaração porém de que por constar que por este lado do Nascente, e já
perto do paredão, há um terreno, que se diz ser de propriedade particular, se entende que fica de
fora da demarcação deste aforamento, esse terreno que se mostra particular, devendo na parte, que
com ele confinar o terreno aforado, ficar entre um e outro, a dita estrada de dois metros de largura,
por forma que a comunicação da Costa Nova para a Barra pela margem do rio não seja
interrompida, e pelo norte se limita o dito terreno por uma linha recta tirada dos pontos onde por
esse lado findam as linhas do. nascente e poente, a saber: esta a cinquienta e aquela a trinta metros
do paredão da barra, Sendo obrigado ele enfiteuta a pagar anualmente o foro já dito de. mil e
duzentos e cinquenta reis metal no dia trinta de J1tnho de cada ano na Tesouraria da Câmara
Municipal de Ilhavo, livre de qualquer tributo, ou onus presente ou futuro; a não impedir o
embarque e desembarque assim como a pesca na margem do Rio; a assinar escritura pública deste
aforamento, de que será entregue um traslado à Câmara, e à sua custa com declaração de que o foro
só começa a correr depois de feita essa escritura, e tomada por ele enfiteuta posse do terreno
aforado, a deixar para serventia pública, duas, ou três estradas de seis metros de largura cada uma
ao través do dito terreno, que deem comunicação da Ria para a beira do mar, conforme à Câmara
parecer necessário e nos pontos que entre ela, e o dito enfiteuta for convencionado, devendo
consignar-se na escritura, tanto os locais como o número dessas estradas, que serão como dito ,fica,
duas ou três, conforme parecer necessário e a distâncias convenientes,obrigando-se aCâmara pela
sua parte a não vedar ao Enfiteuta o ingresso na propriedade aforada de quanto for necessário para o
fabrico dela(…)
mantendo-o no livre uso da mesma propriedade para dela dispôr como entender em conformidade
com as leis, que regulam semelhantes contratos. E por quanto se mostra do processo acharem-se
nele cumpridas todas as solenidades, que as leis preservam para tais actos, sendo o mesmo processo
apresentado em conselho de distrito na Sessão de onze de Agosto Último, atendendo o tribunal às
informações havidas sobre a utilidade e conveniência deste aforamento,oo aprovou por seu Acordão
tomado na mesma Sessão , cujo teor é o seguinte(…)
:continuaram os membros da Câmara dizendo, que pela presente escritura davam de emprazamento
em fateusim perPétuo aos sobreditos Excelentíssimos José Estevão C oelho de lVI agalhiies e
mulher Dona Rita de NI iranda M agalhiies para eles e seus herdeiros o sobredito Areal incl1lto,
medido, confrontado; a que tudo foram testemunhas presencÚIÚ, Nlalj,ltel José Gomes, casado,
boticário e o Padre José Cândido Gomes de Oliveira Vidal, que aqui velO assinar com os referidos
outorgantes depois deste lhe ser lido por mim Francisco j osé de Oliveira M~oltrão, Tabelião que o
escrevi e assi-nei em pÚblico e raso. O Presidente José Gonçalves dos Anjos. O Vice-Presidente
Manuel António Ramos de Loureiro. O Fiscal, José de Oliveira .Craveiro. O Vogal 2\laJ11tel
Nunes da Fonseca. O Vogal João António Ferreira. Como procurador e como recebedor do próprio
José Simões Chlwa. lvI aJ11tel José GOl1-tes. José Cândido Gomes de Oliveira V l:dal. Em
testelJlunho (sinal do Tabelião) de verdade. O T abe·, lÚlo Francisco José de Oliveira M ourelo.
Grátis registo grátis.
Como nas cerimónias da inauguração da estátua, que a devoção do povo de Aveiro lhe ergueu, seu
filho haveria de recordar, "aqui preparava já. em meia dÚzia de J'eiras, à beira do Oceano - imagem
tdo viva da sua alma! - o recanto pacifico onde 'mais tarde a sua velMce se extinguisse, na grande
acalmação do amor da sua terra e na contemPlação panteísta da natureza!

Fonte : Doc família José Estêvão ,aquisição do terreno que lhe fiz, incluído naquela extensão. Nota
Este doc é o mesmo citado por Madahil no ADA pp285-289

A Regata dos Grandes Veleiros em Ilhavo-Parte II



A História da Tall Ships

Esta Regata internacional tem quase a mesma rota comercial que os veleiros tradicionais do passado usavam para cruzar o Atlântico Norte, uma rota a sul para aproveitar os ventos predominantes.

De Falmouth a Ílhavo (Porto de Aveiro) são cerca de 630 milhas náuticas su-sudoeste. Com, Ushant (noroeste de França) e Cabo Finisterra (noroeste de Espanha) e os ventos predominantes de oeste para noroeste, a primeira etapa da regata pode apresentar um número de desafios tácticos para a frota. O que será quase certo para os veleiros com velame de forma quadrada que não conseguem andar contra o vento “bolinar” como as embarcações com velas tradicionais (vela grande e velas de proa).

De Ílhavo ao Funchal são mais 630 milhas náuticas sudoeste em mar alto, os desafios tácticos para melhor aproveitar o vento e a corrente podem ser decisivos para o resultado final.

As três comunidades de acolhimento são, agora, consideradas "Portos Amigos" das escolas de vela, oferecendo apoio e serviços a barcos escola durante todo o ano. Os três portos vêm a sua participação nesta Regata como continuadores desta filosofia, assim como, a possibilidade de oferecerem às suas comunidades um espectáculo único quando a frota estiver no porto.


Fonte: Porto de Aveiro

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vitor Jara



Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad.
Somos cinco mil
¿ Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país ?
Solo aqui
diez mil manos siembran
y hacen andar las fabricas.

¡ Cuánta humanidad
con hambre, frio, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura !

Seis de los nuestros se perdieron
en el espacio de las estrellas.

Un muerto, un golpeado como jamas creí
se podria golpear a un ser humano.
Los otros cuatro quisieron quitarse todos los temores
uno saltó al vacio,
otro golpeandose la cabeza contra el muro,
pero todos con la mirada fija de la muerte.

¡ Qué espanto causa el rostro del fascismo !
Llevan a cabo sus planes con precisión artera
Sin importarles nada.
La sangre para ellos son medallas.
La matanza es acto de heroismo
¿ Es este el mundo que creaste, dios mio ?
¿Para esto tus siete dias de asombro y trabajo ?
en estas cuatro murallas solo existe un numero
que no progresa,
que lentamente querrá más muerte.

Pero de pronto me golpea la conciencia
y veo esta marea sin latido,
pero con el pulso de las máquinas
y los militares mostrando su rostro de matrona
llena de dulzura.
¿ Y Mexico, Cuba y el mundo ?
¡ Que griten esta ignominia !
Somos diez mil manos menos
que no producen.

¿Cuántos somos en toda la Patria?
La sangre del companero Presidente
golpea más fuerte que bombas y metrallas
Asi golpeará nuestro puño nuevamente

¡Canto que mal me sales
Cuando tengo que cantar espanto!
Espanto como el que vivo
como el que muero, espanto.
De verme entre tanto y tantos
momentos del infinito
en que el silencio y el grito
son las metas de este canto.
Lo que veo nunca vi,
lo que he sentido y que siento
hara brotar el momento...


(Victor Jara, Estadio Chile, Septiembre 1973)
Nota da Marieke: No dia doze de setembro do ano de 1973, no dia seguinte ao golpe militar, ele foi preso na faculdade onde lecionava. Coerente com seus ideais, ele permaneceu a noite toda junto aos alunos e corpo docente. Depois foram 48 horas de torturas sem parar até a morte, calando uma das vozes mas incomodas para o novo regime fascista que se instalava no país. Calaram a sua voz mas não sua música, e muito menos as suas idéias, transformando-o num mártir.




PS: Versos colocados no Ponto de Encontro em comentário pelo Xaquim

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de Setembro de 1973-Chove sobre Santiago



Em 11 de Setembro de 1973 deu-se na Cidade de Santiago onde vivia e vive a minha familia um golpe militar sangrento.A operação “Chove Sobre Santiago”, executada pelas forças mais reaccionárias e conservadoras do Chile, que teve como ponta de lança as Forças Armadas, sob a direcção da Junta Militar encabeçada pelo general Augusto Pinochet, e contou com o inestimável apoio da CIA, do governo de Nixon e Kissinger e dos governos ditatoriais da América Latina conluiados com o imperialismo norte-americano na tristemente célebre "Operação Condor".
Chegava assim ao fim, envolta no maior banho de sangue que a América Latina conheceu nas ultimas décadas, a primeira experiência de transição democrática para o Socialismo do continente americano. Juntamente com Allende, morto durante o ataque a La Moneda, pereceram às mãos do exército chileno, dos esquadrões da morte e dos grupos de extrema-direita chilena, milhares de militantes e simpatizantes da Unidade Popular e de cidadãos anónimos, que acreditaram e alimentaram a esperança de um mundo melhor e de uma vida mais justa e morreram a lutar por ela.
Para eles, e para todos os que continuam a acreditar, aqui fica um tributo ao seu sacrifício e à sua coragem, nas palavras de alguém que sempre caminhou a seu lado:


En mi patria hay un monte.
En mi patria hay un río.

Ven conmigo.

La noche al monte sube.
El hambre baja al río.

Ven conmigo.

Quiénes son los que sufren?
No sé, pero son míos.

Ven conmigo.

No sé, pero me llaman
y me dicen «Sufrimos».

Ven conmigo.

Y me dicen: «Tu pueblo,
tu pueblo desdichado,
entre el monte y el río,

con hambre y con dolores,
no quiere luchar solo,
te está esperando, amigo».

Oh tú, la que yo amo,
pequeña, grano rojo
de trigo,
será dura la lucha,
la vida será dura,
pero vendrás conmigo.

Pablo Neruda


Nota pessoal: Nessa noite de 11 de Setembro de 1973 numa casa de Ribadetea(Galiza)foi proposta a abertura de uma garrafa de champanhe.Sem saber o significado do acto participei nele. Tomei conhecimento 24 horas depois do horror que tinha sucedido..é a nota mais vergonhosa do meu passado pouco político. A abertura do champanhe era a senha que o meu tio tinha recebido que o Golpe se iria efectuar e que estava a ser bem sucedido.
Hoje daqui (Portugal em 11 de Setembro de 2008)peço perdão a todos os chilenos que morreram e sofreram às mãos assassinas da Junta Militar .

sábado, 6 de setembro de 2008

XXX Encontro dos Engenheiros Electrotécnicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra



Este fim de semana como todos os anos eu e os meus colegas de curso vamos reunir-nos para comer, beber e recordar,os 5 anos que passamos em Coimbra a queimar pestanas.
O Encontro deste ano é organizado por mim e claro como não podia deixar de ser é na Costa Nova.



A comida estará a cargo do Restaurante " A Marisqueira" de galegos claro, e as "medalhas comemorativas" serão Barricas de Ovos Moles pintadas à mão e espumante Diamante Negro das Caves Barrocão engarrafado de propósito para a ocasião(medalhado em Bruxelas)
Clicar na palavra Encontro....vou lá aos poucos colocando as fotos

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

NRP Vega desarmado para abate






O NAVIO-ESCOLA "VEGA", um yawl desenhado em 1948 por John G. Alden, foi construído por Henry Hinckley no EUA, em Maine em 1949. Foi lançado à água a 22 de Novembro de 1949, com o nome de "VALHALLA", foi seu primeiro proprietário Cammenis Catherwood.
Chamou-se depois "MAI TAI", "CURRITUK" e "JANIE C". Em 1964 foi adquirido por José Manuel de Mello que o baptizou de ARREDA IV.
No mesmo ano, o seu aparelho foi revisto por Sparkman & Stephens, ficando com a armação de sloop.
Oferecido ao Clube Náutico e Cadetes da Armada - CNOCA, em Fevereiro de 1973, recebeu o nome de VEGA. Foi aumentado ao efectivo dos navios da armada a 7 de Maio de 1976.
Desde de então que a sua missão é a formação marinheira e a prática de navegação dos cadetes da Escola Naval, efectuando viagens de instrução, embarques de fins-de-semana e regatas em Portugal e no estrangeiro.
Destaca-se uma viagem aos EUA, Nova Iorque em 1976 às comemorações do Bicentenário dos EUA, a regata do Jubileu da Rainha de Inglaterra em 1977, em 1982 efectuou a regata Falmouth - Lisboa - Southampton, em 1983 efectuou a regata do Trofeu Infante entre Lisboa - Horta - Lisboa. O navio conta com mais de uma dezena regatas às Canárias e com inúmeras regatas em Portugal Continental, tendo efectuado em 2003 a regata Internacional Canárias - Madeira entre Lanzarote e o Funchal

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

De 20 a 23 de Setembro em ILHAVO-Regata dos Grandes Veleiros



Localizado na região centro-norte de Portugal, numa área geográfica plana perto da zona costeira, o Município de Ílhavo abraça a Ria e aventura-se no Mar.
Terra de arrais corajosos, berço de capitães, pilotos e marinheiros, o Município de Ílhavo assistiu durante o século passado ao desenvolvimento das principais indústrias relacionadas com a actividade marítima. Ainda hoje o sector da pesca artesanal, costeira e longínqua, tem uma relevante importância, ao lado de um sector de indústria transformadora do pescado.
O Mar, sendo uma realidade viva da sua geografia, história e cultura tem cada vez mais um papel importante como cartaz turístico, materializado nas suas belas Praias da Barra e da Costa Nova.

A Regata
No ano em que se comemora os 110 Anos da Restauração do Município, a Câmara Municipal vai promover o maior evento de sempre realizado no Concelho ao acolher, no Terminal Norte do Porto de Aveiro, a Regata Comemorativa dos 500 Anos do Funchal 2008, entre os dias 20 e 23 de Setembro.
Esta iniciativa constitui uma aposta importante na promoção do Município de Ílhavo e da região, dando seguimento ao trabalho realizado de promoção dos valores da Vida e do Mar, à nossa história marítima e à capacidade conquistada na organização de vários eventos, nomeadamente a “Experiência Mar Creoula”.

A frota de grandes veleiros partirá a 13 de Setembro do porto histórico de Falmouth, Inglaterra, e chegará a Ílhavo (Porto de Aveiro) no dia 20 de Setembro, onde permanecerá 3 dias. No dia 23 de Setembro os veleiros seguirão viagem para o Funchal, Madeira, onde chegarão a 2 de Outubro.

A Câmara Municípal de Ílhavo irá proporcionar, em condições extremamente vantajosas, o embarque de um total máximo de 100 instruendos a bordo das diversas embarcações participantes, quer oriundos do nosso Município, quer de outros Municípios de Portugal.

Veleiros participantes


Creoula




Classe A
Alexander von Humboldt
Astrid
Capitan Miranda
Creoula
Cuauhtémoc
Kaliakra
Mir
Pelican
Pogoria
Sedov
Shabab Oman





Far Barcelona

Classe B
Far Barcelona
Tecla




Juan de Langara

Classe C
Gedania
Juan de Langara
Sarie Marais of Plym
Spaniel
Viva

Juan de Langara


Endeavour



Classe D
Challenger 3
Challenger 4
Endeavour
Steppe